Daniel estava sem clube. De repente, surgiu um convite para fazer um teste no São Caetano. O volante correu para Jarinu, convenceu o exigente técnico do Azulão, Emerson Leão, e terminou como titular da equipe com o fim da intertemporada no Interior. “Deu tudo certo”, comemorou o jogador, de 24 anos, nascido em Ribeirão Preto.

A sorte, na verdade, teve alguns elementos extracampo. Daniel já havia trabalhado com Leão no Santos em 2002. “Fui contratado em novembro daquele ano, mas não pude jogar. As inscrições para o Campeonato Brasileiro estavam encerradas. No final, o time foi campeão (com Robinho, Diego e Cia.). Fiquei lá até 2004”, recordou.

O jogador não teve muito espaço com Vanderlei Luxemburgo, que montou o Santos bicampeão em 2004. “Acabei sendo emprestado para o Juventude. Lá conheci o Neto e o Marcelinho (zagueiro e atacante do São Caetano, respectivamente)”. No Rio Grande do Sul, Daniel também acumulou experiência, principalmente na marcação. “Sou um primeiro volante, de pegada, que cobre as saídas dos laterais e dos zagueiros”, se definiu. Sua passagem pelo time de Caxias do Sul foi encerrada no final de 2005.

Sem clube, o volante retornou à Ribeirão Preto, onde recebeu uma proposta para ajudar o Sertãozinho, time vizinho de sua cidade. “A campanha foi ótima. Conseguimos o acesso à Primeira Divisão do Campeonato Paulista”, disse. Mas Daniel se deparou mais uma vez com o desemprego. “Estava há um mês treinando sozinho quando o Leão me ligou para fazer uma experiência com o elenco em Jarinu. Como o Zé Luís e o Paulo Miranda foram negociados (para Verdy Tóquio e Coritiba), o Maxsuel está se recuperando de uma cirurgia e o Muçamba está suspenso (terceiro amarelo), ganhei a vaga”, vibrou.

A estréia de Daniel será no dia 12, contra o Botafogo-RJ, no Anacleto Campanella, na retomada do Campeonato Brasileiro. O volante fará dupla com Marabá. Mauro, Triguinho e Canindé também terão uma chance com a chegada de Leão.