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Como é produzido o panetone?
Por Bruna Gonçalves
Do Diário do Grande ABC
25/12/2011 | 07:00
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André Henriques/DGABC


Eduardo Passerini Ricci, 10 anos, de Santo André, adora panetone e tinha curiosidade de conhecer a produção. O garoto visitou uma fábrica e se surpreendeu. "A batedeira era enorme e a massa também. Dava para fazer muitos de uma vez. Deu água na boca."

O processo que inclui a produção da massa até a embalagem leva de oito a dez horas. O primeiro passo é preparar o fermento natural. A cada dez quilos de fermento é possível fazer de 200 a 250 panetones. Depois, mistura-se em máquina grande, chamada masseira (parecida com a batedeira), o fermento natural, farinha de trigo, gemas, água, fermento biológico, sal e a pré-mistura (formada por vários ingredientes, como gordura e açúcar). A massa é batida durante 20 minutos.

Acrescentam-se as frutas cristalizadas e uvas-passas. Bate-se novamente por alguns minutos. Em vez das frutas, pode-se adicionar chocolate ou ingredientes para o panetone salgado, como queijo, salame, azeitona e salsinha. Após ser misturada, a massa - que ficou enorme, com cerca de 7 kg - vai para uma mesa, onde é pesada e cortada em porções de 500 g ou 1 kg. Seguem para a esteira, na qual ganham formato redondo. Então, são colocadas nas fôrmas. Organizadas em prateleiras com rodinhas, vão para a câmara de crescimento, onde permanecem por seis horas até crescer.

Na próxima etapa, ficam por 35 minutos no forno com temperatura de 170°C. Depois de assado, o panetone descansa por duas horas para esfriar. É embalado manualmente e colocado em caixas para ser distribuído nos supermercados. A Coop faz cerca de 560 toneladas de panetone - equivalente a 560 mil unidades de 1 kg ou 1,12 milhão de 500 g - entre setembro e dezembro. Para dar conta da produção nesta época do ano, foram contratados 35 trabalhadores temporários, além dos 118 funcionários fixos.

* Consultoria do encarregado da panificação da Coop, José Carlos Vieira Gomes

 

Como surgiu? - Há várias hipóteses sobre a invenção do panetone. Umas delas diz que surgiu no século 15 na cidade italiana de Milão. Na época, o jovem Toni se apaixonou pela filha de um padeiro. Para surpreender o pai da moça, inventou doce com frutas cristalizadas e formato de cúpula de igreja. O pai ficou tão contente que deu a mão da filha em casamento e batizou a guloseima de pão do Toni ou pane di Toni, em italiano. Outra versão diz que foi criado em 1395 por Gian Galeazzo Visconti, duque de Milão, para uma festa. Depois da Itália, o Brasil é o segundo maior produtor de panetones.

 

Não exagere! - O panetone não deve ser consumido em excesso, pois pode engordar. Uma fatia média de panetone de frutas tem 286 calorias (quantidade de energia de cada alimento), já o de chocolate possui 360. É importante comer a guloseima como sobremesa para não atrapalhar a refeição. Doces não têm os nutrientes necessários e podem tirar a fome (quando o açúcar é ingerido antes dos pratos salgados, o corpo entende que já recebeu energia suficiente e fica satisfeito). Se exagerar, brinque e corra para gastar as calorias acumuladas.

 

* Consultoria da nutricionista Bruna Lopes Camargo, da Escola Materna




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