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Seleção à prova de estrelismo
Kati Dias
Do Diário do Grande ABC
08/06/2007 | 07:00
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A ausência dos principais jogadores não afastou o público dos dois duelos da seleção brasileira de vôlei contra a Coréia do Sul, que acontece nesta sexta e sábado, às 10h (com Globo e Sportv), no ginásio do Ibirapuera, pela Liga Mundial. Os ingressos para os jogos se esgotaram no segundo dia de venda, numa prova de que os torcedores confiam nesta geração apresentada pelo técnico Bernardinho. “Temos um grupo com 18 jogadores e todos têm condições de ser titular”, declarou o ponteiro Nalbert, que voltou ao elenco recentemente, após duas temporadas no vôlei de praia, e que briga por um lugar entre os 12 atletas que lutarão pelo ouro no Pan. O Brasil está no Grupo A da Liga, que além da Coréia conta com Finlândia e Canadá. Os brasileiros lideram a chave com 100% de aproveitamento.

Diferentemente dos jogadores de futebol e basquete, vestir a amarelinha ainda é a principal motivação dos atletas de vôlei. A forte concorrência para integrar a seleção aumentou com a folga dada por Bernardinho para os bicampeões mundiais. Além de aumentar o leque de opções, Bernardinho deixa a equipe à prova de estrelismo. “Os jogadores vinham de uma temporada desgastante, com o título mundial mais o Campeonato Italiano. Foi uma folga justa”, disse Nalbert. Por isso, na opinião dele, os atletas não precisaram solicitar dispensa da seleção, como fizeram o meia Kaká e o atacante Ronaldinho Gaúcho. Os dois pediram para não disputar a Copa América de Futebol, que acontece no mês que vem na Venezuela. Fato que gerou saia-justa com o técnico Dunga e a CBF (Confederação Brasileira de Futebol). “Defender a seleção é o sonho de qualquer jogador. Quem não tem prazer de ganhar?”, disse. Os jogadores de basquete, por sua vez, preferem jogar por seus times na NBA a defender o Brasil no Pan do Rio.

Nalbert deixou a seleção após conquistar o bicampeonato olímpico em Atenas (Grécia), em 2004. Estava cansado da rotina dos treinamentos e quis arriscar no vôlei de praia. Sonhava defender o Brasil nas areias. “Foram 14 anos nesta vida, sete na Itália. Queria voltar a morar no Rio, treinar perto de casa. Mas descobri que a praia não é a minha praia. Não era o ambiente que estava esperando”, completou.

O atleta jogou no Banespa/ São Bernardo antes do período na praia. Agora, atuará pelo Minas nesta temporada. “A fase de viver no exterior já passou. Conquistei tudo o que queria”, afirmou.



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