Setecidades Titulo Respeito
Motorista será alvo
inicial da Travessia Segura

Campanha será lançada nesta quarta-feira pelo Consórcio
Intermunicipal do Grande ABC; multas começam em março

Por Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
20/12/2011 | 07:00
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Os motoristas serão o alvo inicial da campanha Travessia Segura, que será lançada amanhã pelo Consórcio Intermunicipal do Grande ABC. Técnicos da entidade avaliam que o foco nos condutores é importante para garantir a segurança dos pedestres. A primeira fase deve durar aproximadamente um mês. As autuações por desrespeito às faixas começarão a ser aplicadas em março, segundo a entidade.

“Temos de educar os motoristas inicialmente. Não adianta falarmos para o pedestre que a faixa é segura se os carros continuarem desrespeitando”, avalia a coordenadora do Grupo de Trabalho de Mobilidade do Consórcio, Andrea Brisida.

A coordenadora explica que, na segunda quinzena de janeiro, a campanha será intensificada nas travessias. “Faremos ações para que o pedestre entenda que a faixa é o local correto para atravessar.” Apesar de ser idealizada pelo Consórcio, a ação será feita individualmente por cada uma das sete prefeituras da região.

Na visão da coordenadora, entretanto, as faixas só serão totalmente respeitadas após o início da aplicação das multas, que irão variar entre R$ 85,13 e R$ 191,53.

Na Capital, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego, o número de mortes por atropelamento caiu 30% entre janeiro e julho deste ano na comparação com o mesmo período do ano anterior. O número de atropelamentos sem morte teve queda de 19,3%.

Em São Bernardo, mesmo sem a criação de nenhuma campanha, o número de atropelamentos teve pequena queda entre janeiro e agosto deste ano na comparação com 2010. O número caiu de 395 para 356, redução de 9,9%. Em Santo André, as ocorrências tiveram alta de 15%, subindo de 299 para 342.

Em São Caetano, os atropelamentos caíram de 137 em 2009 para 98 em 2010, queda de 28,5%. Até agosto, 53 pessoas foram atropeladas na cidade. As demais prefeituras não divulgaram os dados.

REGIONALIDADE

Para o arquiteto e urbanista Nazareno Affonso, que idealizou o projeto pioneiro em Brasília, em 1997, o sucesso da campanha na região depende da sincronia entre as prefeituras. “É preciso que aja ação em conjunto.” Affonso defende que a ação tenha início em pontos específicos para que depois seja ampliada para todas as faixas.

 

Táxi ficará 7% mais caro a partir de janeiro

O preço da quilometragem cobrada pelos táxis da região terá aumento de 7% a partir do dia 1º. A taxa de reajuste foi divulgada ontem pelo presidente do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC e prefeito de Diadema, Mário Reali (PT). O aumento é superior à inflação oficial do País, ponderada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, que expandiu 5,97% no acumulado do ano até o fim de novembro.

Com o acréscimo, o quilômetro cobrado na bandeira 1 - de segunda-feira a sábado, das 6h às 18h - passará de R$ 2,10 para R$ 2,25. A quilometragem da bandeira 2 subirá de R$ 2,52 para R$ 2,70. O valor da hora lenta ou parada, que hoje é de R$ 22, será de R$ 23,70. A bandeirada, que é o preço inicial medido pelo taxímetro, continuará sendo de R$ 4.

O último aumento no setor havia sido definido em dezembro do ano passado, quando os valores por quilômetro rodado foram acrescidos em aproximadamente 20%. Cerca de 1.370 taxistas atuam nas ruas da região.

O presidente do Sindicato dos Taxistas Autônomos do Grande ABC, Odemar Ferreira, disse não saber do índice de reajuste. "Para nós é uma boa notícia, mas só fiquei sabendo agora. Não fomos comunicados oficialmente." 
O sindicalista espera receber ata oficial do Consórcio até a próxima semana.

Consórcio descarta aumento nas tarifas de ônibus municipais

O Consórcio Intermunicipal do Grande ABC descartou a possibilidade de aumento nas tarifas de ônibus das linhas municipais para 2012. "No ano passado, quando fizemos as negociações com as empresas, foi definido que o reajuste seria válido para os próximos dois anos", afirmou o presidente da entidade, Mário Reali (PT). O petista acrescentou que não foi procurado formalmente pelos empresários do setor para discutir novos valores.

O diretor jurídico do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo do Grande ABC, Francisco Bernardino Ferreira, deverá se reunir hoje com representantes das empresas para definir se a entidade entrará ou não com pedido de aumento junto ao Consórcio. Ferreira afirmou que só irá comentar a afirmação de Reali após o encontro com os empresários.

No fim de novembro, a Associação das Empresas do Sistema de Transportes de Santo André protocolou na Prefeitura pedido de aumento nos coletivos municipais para R$ 3,41 - atualmente, a passagem custa R$ 2,90. A administração municipal ainda não se posicionou a respeito do pedido.




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