Depois de uma semana dominada por baixas, indicadores financeiros nacionais e internacionais devem dar o tom das negociações no mercado financeiro nacional da próxima semana.

Com cerca de 11% de alta acumulada no ano, a BM&F Bovespa amargou baixas durante toda a semana. A expectativa de aprovação dos pacotes financeiros norte-americanos e a divulgação de indicadores econômicos pessimistas também nos Estados Unidos desanimaram os investidores que optaram por reduzir suas participações no mercado nacional. Apesar de ter acumulado perdas de 2,53% na semana, no mês de fevereiro, o saldo ainda é positivo, com alta de 6,04%.

EXCEÇÃO
A exceção veio na última sexta-feira, quando a alta do petróleo gerada por um anúncio de corte de produção da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) renovou as expectivas dos investidores.

As blue chips, ações de alta rentabilidade e liquidez, de empresas dependentes do setor de matérias-primas, as chamadas commodities, fizeram sucesso. Vale e Petrobras lideraram os ganhos do único dia da semana em que o Ibovespa, índice de ações mais negociadas da Bolsa de Valores, fechou no azul.

A Vale, mineradora, registrou ganhos de 3% bem como as ações da petroleira. A alta foi de 2,90% no dia.

CÂMBIO
No mercado de câmbio, o dólar marcou sucessivas altas, mas também não resistiu ao otimismo do mercado na sexta-feira e passou o dia negociada em baixa, encerrando em queda de 0,96%, cotada a R$ 2,26. Essa reversão da moeda, segundo agentes do mercado, colaborou para a ampliação da participação estrangeira na Bolsa nacional.

No mercado de câmbio, o Banco Central promete ofertar amanhã 44,3 mil contratos de swap cambial.

EXPECTATIVA
Para a próxima semana o mercado deverá aguardar a divulgação dos indicadores de preços, produção industrial e comércio norte-americanos e nacionais.

Amanhã será divulgado o relatório Focus. Apurado pelo Banco Central, o boletim sinaliza as expectativas de mercado em relação ao PIB (Produto Interno Bruto), índices de preços e à taxa Selic, que será decidida na próxima reunião do Copom.