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Castelão realiza sonho de torcedores

Dois moradores de São Caetano concretizam desejo na última partida da Copa do Mundo do Brasil, em Fortaleza

Por Anderson Fattori
Enviado a Fortaleza
05/07/2014 | 07:00
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Anderson Fattori/DGABC


Falta de mobilidade, calor, limitação de ingressos e dificuldade para achar voos acessíveis de São Paulo a Fortaleza. Nada foi obstáculo para o cadeirante William Truppel, 28 anos, de São Caetano, que conseguiu o que tanto queria: ver o Brasil em uma Copa do Mundo. Apaixonado pelo esporte, Truppel cursou Jornalismo na expectativa de trabalhar na cobertura de jogos de futebol, mas o destino quis que encontrasse vaga em assessoria corporativa. Restou então a alternativa de se deslocar por conta própria para realizar sonho de criança.

“Fui a três jogos no Maracanã e comprei ingressos para as quartas de final em Fortaleza. Torci para passar do Chile e, depois dos pênaltis, chorei por saber que iria realizar meu sonho”, disse William, que está acompanhado do padrasto Gustavo Ornelas. O cadeirante elogiou a estrutura dos estádios da Copa. “Estou sendo bem tratado, tanto dentro como fora das arenas. A acessibilidade está boa e o brasileiro é hospitaleiro, gosta de ajudar”, ressalta.

Assim como William, outros torcedores estavam em êxtase no Castelão. E alguns nem precisaram entrar no estádio e ver o confronto. Sebastião Pereira, 52, o Tião da Bandeira, como é conhecido, também de São Caetano, esteve nos arredores do estádio para arrecadar assinaturas na enorme bandeira que confeccionou (de oito por 11 metros). A expectativa é conseguir 10 mil nomes e levar o presente aos jogadores brasileiros.

“Já tenho 6.000 assinaturas e, aqui em Fortaleza, devo somar, pelo menos, mais 1.500”, diz ele, que faz o controle por meio de senha, que distribui aos que se propõem a participar. “Tem desde simples nomes até pedido de casamento para o Neymar e elogios ao porte físico do Hulk”, diverte-se o publicitário, que já rodou 10 mil quilômetros com a bandeira.

DESPEDIDA

Tinha gente feliz, mas também muita gente triste em Fortaleza. O jogo de ontem marcou a despedida da capital do Ceará da Copa do Mundo, após receber seis partidas, duas da Seleção Brasileira. “Queria que a Copa não acabasse nunca. É gostoso esse clima com visitantes estrangeiros, todos muito alegres. Depois do jogo tudo vai voltar ao normal. Espero que, pelo menos, Fortaleza se despeça da Copa com grande vitória do Brasil”, projetou Marluce Santiago, 37, empresária cearense.




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