Economia Titulo Caminhões
Mercedes-Benz para linha de produção na segunda
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
01/09/2012 | 06:18
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Claudinei Plaza/DGABC


A fábrica da Mercedes-Benz em São Bernardo vai parar na segunda-feira. Por determinação da direção da montadora, os cerca de 12 mil trabalhadores da unidade fabril ficarão em casa. Trata-se de mais uma medida tomada para ajustar a produção à baixa demanda no segmento. Ao longo deste ano, a empresa deu férias coletivas e, em maio, colocou, por cinco meses, 1.500 funcionários em layoff (suspensão temporária do contrato de trabalho dos empregados, em que estes ficam em casa recebendo, mas têm de passar por cursos de qualificação). O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC negocia com a Mercedes e não estão descartadas novas ações para a adequação ao mercado.

Outras montadoras também já fizeram ajustes. É o caso da Ford Caminhões, que vem, desde o início do ano, adotando jornadas reduzidas de quatro dias por semana e a Scania, que realizou em abril PDV (Programa de Demissões Voluntárias), com a adesão de 100 pessoas na fábrica de São Bernardo.

Empresa e sindicalistas reconhecem que o momento é de crise. De janeiro a julho, a produção de caminhões registrava queda de 40% frente a mesmo período do ano anterior, o que reflete, sobretudo, a desaceleração da economia. Além disso, há a avaliação de que frotistas anteciparam as compras no ano passado, pois, em 2012, entraram em vigor novas normas de emissão de poluentes (o Proconve P7) que tornaram os veículos em torno de 15% mais caros.

MEDIDAS - As recentes medidas do governo federal, entre elas redução dos juros de 5,5% para 2,5% ao ano no programa do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) para a compra de caminhões novos, para tirar o segmento da crise foram bem recebidas no segmento.

"Acreditamos que as vendas do setor devem reagir positivamente mediante os esforços em cortar impostos e oferecer empréstimos subsidiados. Além disso, ações em outros segmentos já refletiram positivamente para o crescimento da economia, o que indiretamente também beneficia o setor de caminhões", disse Roberto Leoncini, diretor-geral da Scania. FROTA - O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC pleiteia do governo federal um programa de renovação da frota. A ideia é oferecer bônus (em parte com subsídio governamental), para que caminhoneiros com caminhões usados possam trocá-los por outros seminovos.

A iniciativa, além de movimentar a economia, ajudaria a tirar de circulação caminhões altamente poluentes e que geram problemas para o fluxo do trânsito. Atualmente, do total da frota em circulação no País - 1,7 milhão - 44% têm mais de 20 anos e 20% têm mais de 30 anos.

 

 




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