Estudantes foram os únicos paulistas em evento realizado em Boston, nos Estados Unidos
Alunos do Colégio Ábaco, de São Bernardo, tiveram oportunidade de vivenciar o dia a dia de diplomatas da ONU (Organização das Nações Unidas). O grupo de oito estudantes foi o único do Estado a integrar caravana com outros cinco colégios do País até a 61ª edição do HMUN (Harvard Model United Nations), o mais conceituado simulado da ONU no mundo.
O evento, realizado em Boston, nos Estados Unidos, reuniu 3.000 estudantes do Ensino Médio de aproximadamente 93 países. O principal objetivo da ação é familiarizar os alunos com o ambiente de negociações da política internacional, com práticas parlamentares e conceitos de civismo. Foram cerca de 30 horas de debates sobre temas pertinentes mundialmente, como segurança, desarmamento, direitos humanos e entorpecentes.
Cada colégio representa um país e, no caso do Ábaco, os alunos defenderam os interesses do Chile. Foram cerca de seis meses de preparação para a viagem, que durou uma semana. Esta foi a segunda vez consecutiva que o colégio de São Bernardo participou do simulado. Anualmente, a ONU disponibiliza questionário às instituições interessadas e seleciona as que mais se destacam nas respostas. Neste ano, foram 120 mil inscritos.
“O evento discute assuntos que estão na pauta mundial e gera discussões. A iniciativa acaba mudando a vida dos alunos, que geralmente estão focados no vestibular”, destaca o professor de Geografia Luiz Alberto Chadad. Ele foi o responsável por inscrever a escola, preparar os alunos e acompanhar a turma na viagem, ao lado da professora de Inglês Carla Smith.
EXPERIÊNCIA
A convivência com pessoas de diferentes nacionalidades e culturas foi apenas um dos fatores que fizeram a experiência ser marcante para os jovens Monique Bagio, 17 anos, Gabriel Maieru, 17, Giulia Garcia, 17, Guilherme Santos Sousa, 17, Laryssa Alarcon, 16, Alexandre Dantas, 17, Julia Rioto, 18, e Luigi Lopes, 18.
Os estudantes relatam que o idioma e a responsabilidade de representar a instituição de ensino também influenciaram. “Tivemos de trabalhar nossa tolerância e nos adaptar ao novo ambiente e à língua da forma mais rápida possível”, afirma Laryssa.
Outra observação, feita por Julia, é a diferença de postura entre os estudantes de diferentes nacionalidades. “Percebemos que os alunos do Oriente Médio, por exemplo, são mais competitivos e fechados. Já o pessoal da América Latina é mais descontraído”, diz.
A novidade também fez com que os jovens passassem a se interessar pela carreira de diplomata. Este é o caso de Giulia, Julia, Laryssa e Alexandre. Ambos têm planos de cursar Relações Internacionais no Ensino Superior.
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