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Deixei a família para ajudar o Brasil, diz médico cubano

Seis profissionais de Cuba apresentados à população de Mauá dizem estar em ação humanitária

Por Cadu Proieti
Do Diário do Grande ABC
01/11/2013 | 07:00
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André Henriques/DGABC


Recebidos com palmas por dezenas de moradores que estiveram presentes ao Paço de Mauá ontem à tarde, os seis médicos cubanos que irão atuar na cidade por meio do programa Mais Médicos, do governo federal, chegaram ao município dizendo que estão encarando uma missão humanitária, proposta pelo governo de Cuba.

“Viemos por espontaneidade, porque todos temos família em Cuba, deixamos nossos filhos lá esperando por nós. Não houve ordem. Viemos trabalhar por convicção, para ajudar o povo brasileiro”, disse o profissional Norge Luis Carrion Kindelan.

De acordo com o profissional estrangeiro, quando o Mais Médicos foi lançado pela presidente Dilma Rousseff (PT), o governo cubano fez convocação geral para saber quais profissionais de medicina do país tinham interesse em trabalhar no sistema de Saúde brasileiro. Ele negou que os cubanos estão chegando ao Brasil por obrigação. “Nosso país, que tem boas relações com o Brasil, decidiu ajudar o povo brasileiro. Estamos muito contentes de estar aqui e atender a todas as pessoas, sejam brancas, negras, pobres ou ricas, sem diferença social”, afirmou Kindelan.

De acordo com o estrangeiro, a família deu total apoio à vinda ao Brasil por conhecer os problemas da população brasileira pela televisão. O que pode ajudá-lo a diminuir a saudade de casa é o fato de estar acompanhado da mulher, Odalis Creme Perez, que é médica e também participa do programa federal na cidade. “Como viemos nós dois, vai ser mais fácil. Meus filhos ficaram com minha mãe, mas lá (em Cuba) está tudo tranquilo para eles. Estou aqui pela população brasileira”, disse a cubana.

Apesar de apresentar dificuldades em dialogar em nosso idioma, os cubanos prometeram se adaptar rapidamente ao vocabulário brasileiro. “O Português será nosso principal problema agora, mas esperamos que a relação com pacientes ao longo dos dias nos traga maior fluência em um ou dois meses. As línguas espanhola e portuguesa possuem algumas semelhanças. Então, está sendo fácil interpretar, mas é difícil para nos expressar”, comentou Kindelan.

REGIÃO

Hoje, também serão apresentados profissionais cubanos do programa Mais Médicos em outros municípios da região. Serão sete em São Bernardo e outros sete em Santo André.

A previsão é que todos os clínicos vindos de Cuba comecem trabalhar nas cidades da região no dia 7.  




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