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Professores protestam nas ruas de Ribeirão Pires

Categoria formada por servidores municipais reivindica reajuste salarial de 6,73% pelo INPC

Por Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
05/09/2013 | 07:00
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 Sob garoa e gritando por melhores condições trabalhistas, cerca de 150 PDIs (professores de Desenvolvimento Infantil) protestaram, ontem, nas ruas, Prefeitura e Câmara de Ribeirão Pires. A principal reivindicação é o reajuste salarial de 6,73% retroativo a maio, com base no INPC (Índice Nacional de Preços aos Consumidores).

Funcionários públicos municipais concursados, maioria formada em Magistrado, vários dos professores relataram que não recebem dissídio há oito anos.

O protesto, que teve início às 9h, na Prefeitura, e seguiu até o ambiente interno da Câmara, gerou resultados parciais. “Prometeram formar comissão para avaliar nossos pedidos. Teremos outro encontro no dia 30 de outubro”, revelou a professora Sheila Abrantes de Sousa.

Enquanto esperam, as trabalhadoras sobrevivem com o salário de R$ 1.567, piso nacional do professor determinado neste ano pelo governo federal. “É muito difícil. Em valor líquido são apenas R$ 1.200. Tenho três filhos, sou concursada há 18 anos e até agora não consegui comprar um carro e uma casa”, desabafou a professora de Educação Infantil Roseli Soares de Oliveira.

A secretária municipal de Educação e vice-prefeita, Leo da Apraespi (PSC), reconheceu que o salário das professoras é muito baixo. “Infelizmente não consigo aumentar agora. É necessário respeitar a lei de execução fiscal”, declarou.

Com base nesta legislação, os profissionais da Educação estão incluídos na folha de pagamento geral do Executivo municipal, que pode representar, no máximo, 53% do Orçamento da Prefeitura. “Temos 51,8% comprometidos. A nossa saída é atrair mais empresas para a cidade com objetivo de elevar a arrecadação.” Ela estima que o reajuste pedido pela classe geraria um impacto de R$ 673 mil até o fim do ano, o que elevaria a fatia da folha de pagamento para 55%.




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