Com o tema Homofobia é Crime – Direitos Sexuais são Direitos Humanos, acontece ontem, em São Paulo, a 10ª Parada GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros), mais conhecida como Parada Gay. O ponto de partida foi a avenida Paulista, localizada na região central da cidade, percorrida por 22 trios elétricos em direção à rua da Consolação. De lá, os participantes seguiram para a praça Roosevelt, no Centro.

A festa começou às 14h, com a execução do Hino Nacional e pronunciamentos de autoridades e convidados. O Secretário Especial dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, e o Secretário da Identidade e da Diversidade Cultural, Sérgio Mamberti (que representou o ministro da Cultura, Gilberto Gil) confirmaram presença. A deputada federal Iara Bernardi (PT-SP) também participou. Ela é autora do projeto de lei, em trâmite no Congresso Nacional, que define a homofobia como crime.

A expectativa é de que a parada mantenha o recorde de público de 2005, quando o evento reuniu de 2,5 milhões de pessoas (segundo os organizadores) e de 1,9 milhão (de acordo com a Polícia Militar). A principal razão para que o público não seja superior ao do ano passado é que a parada foi realizada no sábado, e não no domingo, como tradicionalmente acontece. Segundo a assessoria de imprensa da organização, a mudança de dia foi por causa do jogo da seleção brasileira hoje. O número não deve ser o mesmo, de acordo com os organizadores, porque ontem muitos trabalharam.

A 10º Parada GLBT tem o apoio do Ministério da Saúde, do programa Atenção de Saúde Básica da Mulher, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República e das três instâncias de Programa Nacional DST-Aids (federal, estadual e municipal). Entre os patrocinadores dos trios elétricos estão entidades como a Associação Vida Esperança, de São Vicente (SP); a ABCDS (organização não-governamental de defesa da comunidade GLBT do ABC); a Associação de Mulheres que Amam Mulheres; e o Movimento Gay de Minas Gerais.