Márcio Bernardes Titulo
Vitória, vaga e expulsão

Antes do jogo só se falou de um atacante: Drogba. Mas na hora em que a bola rolou o atacante que decidiu o jogo estava do lado oposto

Especial para o Diário
21/06/2010 | 00:00
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Antes do jogo só se falou de um atacante: Drogba. Mas na hora em que a bola rolou o atacante que decidiu o jogo estava do lado oposto. Luís Fabiano desencantou, marcou o gol mais bonito da Copa do Mundo e mostrou que a camisa nove amarela não pesa nem um pouquinho nele.
A boa atuação de Luís Fabiano tem a ver também com a produção da Seleção. Kaká apareceu muito mais do que na estreia, prova disso foi nas duas jogadas que resultaram em gols, porém no fim da partida foi expulso sem ter feito absolutamente nada. O cartão vermelho poderia ter sido evitado se Dunga fizesse a substituição no momento que os africanos começaram a deixar o futebol de lado e partir para a violência. No fim, vitória mais do que merecida e vaga antecipada nas oitavas!
- Durante a semana Júlio Baptista disse, em coletiva, que estaria pronto para substituir Kaká. A hora chegou e contra Portugal ele deve ser o titular. A dúvida fica em relação a Elano. Curinga de Dunga, ele fez mais um na Copa e saiu com uma pancada no joelho.
- A situação da França na África do Sul é vergonhosa. A cada dia um capítulo novo sobre a crise vem à tona. Desta vez tem briga entre jogador e integrante da comissão técnica, boicote do treino e choro. O fato é que os franceses estão loucos para cumprir tabela contra os anfitriões, voltar o mais rápido possível para Paris e apagar da memória a Copa do Mundo 2010.

Bastidores

A torcida brasileira, como de costume, fez grande festa nos mais importantes pontos turísticos da cidade. Uniformizados, pintados no rosto de verde-amarelo, tocando samba e atraindo a alegria dos sul-africanos.
- É impressionante como os sul-africanos torceram pela Costa do Marfim. Eles dão prioridade às equipes do continente. E muita gente até torce contra Holanda e Inglaterra, que ajudaram a colonizar o país, diferentemente dos sul-americanos, que querem ver no inferno as seleções do continente.
- A imagem de Carlos Alberto Parreira não é a mesma que ele havia conquistado antes do Mundial. Queridinho da torcida, que chegou a sonhar com uma melhor situação na competição, os torcedores caíram na real. Sem dúvida a limitação do grupo é mais do que evidente.

Toque final

A crise interna e o choque de egos não estão restritos à seleção francesa. Como se sabe até Zinedine Zidane apoiou o levante dos jogadores contra o técnico Reymond Domenech.
Anelka, sem qualquer escrúpulo, xingou Domenech e foi cortado da delegação. Já voou de volta para a França.
A Inglaterra enfrenta um sério problema de relacionamento e Fabio Capello fez reunião ontem para tentar baixar a poeira.
Vários jogadores tomaram as dores do goleiro Green, que falhou na partida contra os Estados Unidos, engolindo um senhor frango.
Green, sem mais nem menos, foi substituído por David James na partida contra a Argélia. Companheiros do goleiro perceberam que se cometerem qualquer erro também podem ser execrados por Capello.
A personalidade forte do treinador sempre foi conhecida. Desde os seus tempos de jogador. Um líder, no entanto, não pode ser assim tão intempestivo. O bom-senso deve imperar.
Outra coisa que tem colaborado para piorar o ambiente no grupo inglês é que eles vieram para a África como um dos favoritos para conquistar a competição. E estão frustrados com os dois empates conseguidos até agora.
Os nervos estão à flor da pele. Com uma vitória no terceiro jogo muita coisa pode mudar. Nada como vencer, no jogo, na vida e para os esportistas, especialmente numa Copa do Mundo.




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