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EUA manterão interrogatórios duros com suspeitos de terrorismo
Da AFP
22/07/2007 | 16:50
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Os Estados Unidos continuarão pressionando com amplas técnicas de interrogatório os suspeitos de terrorismo, pois este tipo de método salvou "incontáveis vidas", mas não recorrerão à tortura, disse a autoridade máxima de inteligência americana, Mike McConnell.

O diretor de Inteligência Nacional se negou a esclarecer se técnicas como o "waterboarding" serão permitidas sob a nova ordem do presidente dos Estados Unidos George W. Bush.  O waterboarding consiste em imobilizar uma pessoa, cobrir sua face, geralmente com papel celofane para dificultar a respiração e jogar água em sua cara para que o interrogado pense que vai se afogar.

"Os Estados Unidos não se comprometerão a torturar. Esta ordem explica isso detalhadamente", disse McConnell. No entanto, ele afirmou que a ameaça implícita de tortura gerou bons resultados para extrair dos detentos informações que podem salvar vidas. "As técnicas funcionam. Não é tortura, mas é efetivo. É um enfoque psicológico para provocar que alguém sinta incerteza", garantiu o diretor de Inteligência Nacional.

Segundo ele, o método utilizado "salvou incontáveis vidas porque (quando os interrogados) acreditam que aquelas técnicas podem envolver tortura (...) tendem a falar conosco de forma muito franca".

Com a ordem difundida na sexta-feira, Bush proibiu a CIA de torturar suspeitos de terrorismo em seu programa de detenção e interrogatório. Mas os grupos de defesa de direitos humanos disseram que a ordem executiva deixa de fora detalhes fundamentais, como as controversas táticas que funcionários do governo descrevem geralmente como "técnicas interrogativas melhoradas".

Segundo os críticos, estas técnicas incluem o waterboarding ou simulação de afogamento, privação de sono, cativeiro prolongado em "posições estressantes" e humilhação sexual.

O porta-voz de Bush Tony Snow disse que a ordem proíbe "tratamentos ou castigos cruéis, desumanos e degradantes" e "atos de violência suficientemente sérios para que sejam considerados comparáveis a assassinato, tortura, mutilação e tratamento desumano".




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