Economia Titulo Crise
Gráficas enfrentam forte importação

Empresas do ramo da cidade de São Bernardo reivindicam
do governo federal a isenção de PIS/Cofins para impressão

Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
07/05/2013 | 07:26
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Empresários de indústrias gráficas da região, com o apoio da Prefeitura de São Bernardo e de entidades como o Sebrae e sindicatos patronais e de trabalhadores, se articulam para buscar o fortalecimento da atividade, que sofre com volume crescente de importações.

Um dos planos é obter do governo federal a desoneração da folha de pagamento (a exemplo do que já ocorre em outros ramos industriais) e a isenção do PIS/Cofins para a impressão de livros (esse material importado já não paga PIS/Cofins).

O setor tem enfrentado dificuldades. No País, essa indústria movimentou no ano passado cerca de R$ 30 bilhões, 4,9% menos que em 2011, e registrou deficit comercial de US$ 238 milhões, como resultado da US$ 536 milhões em compras de produtos gráficos do Exterior e US$ 298 milhões em exportações.

Como forma de buscar o impulso da atividade - que gera cerca de 8.000 empregos na região -, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico de São Bernardo discute a retomada de um projeto APL (Arranjo Produtivo Local) da indústria gráfica do Grande ABC. A iniciativa visa a implementação de ações conjuntas entre empresas e a articulação com entidades públicas e privadas.

Ontem à tarde houve reunião no Paço Municipal com cerca de 50 executivos e dirigentes de sindicatos patronal e de trabalhadores, para debater os temas que preocupam o segmento. Um dos participantes do encontro foi o empresário Luiz Gornstein, que é diretor da Abigraf (Associação Brasileira da Indústria Gráfica). Segundo ele, duas reivindicações são urgentes: uma delas é entrar no plano Brasil Maior, do governo federal, passando a ter a cobrança da contribuição previdenciária não mais com alíquota de 20% sobre a folha de pagamento (como é hoje), mas com 1% sobre a receita bruta. Outra é alcançar a desoneração do PIS/Cofins. "A importação de livro não paga (esses tributos), mas a impressão física paga, isso precisaria ser corrigido", afirmou.

Além desses pleitos, há outros, como a busca de redução do imposto de importação para papéis para impressão. "Queremos discutir também com o BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil acesso a capital de giro para pequenas empresas", disse o secretário de Desenvolvimento Econômico, Jefferson da Conceição. Está em pauta ainda, segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Gráfica do Grande ABC, Isaías Karrara, que o Senai, no Grande ABC, ofereça cursos de qualificação para trabalhadores da área.

O secretário assinala que será enviada solicitação de encontros com o Senai (para discutir a capacitação), com o BNDES (para reivindicar linha de financiamento) e com o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (para buscar a desoneração).

 




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