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Grande ABC começa a despertar para o comércio virtual
Adriana Mompean
Do Diário do Grande ABC
17/07/2005 | 08:01
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Empresas do Grande ABC começam a descobrir o comércio pela internet. Mesmo incipiente, o mundo virtual está se tornando uma opção importante de vendas para alguns empreendedores da região, mesmo que seja somente para expor produtos. A aposta é que o potencial de crescimento do e-commerce deverá expandir o número de consumidores entre os 30 milhões de internautas no Brasil - hoje apenas 3,5 milhões deles compram pela rede.

Entre os destaques do e-commerce regional está a Giuliana Flores, que possui três lojas em São Caetano. Há cinco anos, o sócio-proprietário Clóvis Souza resolveu se aventurar no mundo digital e foi um dos pioneiros na venda de flores pela web. "Nos primeiros dias de funcionamento, comemorávamos quando alguém fazia algum pedido", diz. Hoje, a loja virtual recebe cerca de 4 mil pedidos mensais e o e-commerce representa cerca de 80% do faturamento geral da empresa. "A internet oferece comodidade, em uma época em que as pessoas não têm tempo para nada."

Animado com as perspectivas dos negócios virtuais, o empresário resolveu abrir uma segunda loja virtual em 2002. A Cestas Michelli comercializa diversos tipos de cestas e tem uma unidade em São Caetano. Recebe 1,2 mil pedidos por mês de todo o país. "A montagem desta loja foi mais fácil, pois já sabia o caminho das pedras", diz. Há 45 dias, Souza investiu na abertura da terceira loja, a Nova Flor, para atingir os consumidores das classes C e D que desejam presentear com arranjos.

Outro exemplo de sucesso no mundo virtual é a loja de relógios da marca Espaço Fechado, do grupo Real Time, de Santo André. A empresa, que vende há 10 anos para lojas e boutiques, resolveu se aventurar no mundo digital. O site do grupo oferece a opção de montar um produto personalizado com diversas cores e pulseiras e a opção de gravar um nome ou uma foto sob os ponteiros.

"Começamos com cinco pedidos por dia. Hoje, o site vende 15 itens diariamente. A estimativa é triplicar as vendas dentro de um período de cinco anos", diz Percival de Oliveira, gerente-geral do grupo Real Time. Atualmente, o e-commerce representa 15% do faturamento do grupo. "Ainda é pouco, pois o mercado tem um potencial enorme de crescimento", diz.

A Câmera Brasileira de Comércio Eletrônico estima que existam cerca de 15 mil operações no país que oferecem vendas pela internet. Uma das primeiras lojas virtuais da web foi a do Pão de Açúcar, que começou suas operações em 1997. No mesmo ano surgiu a Booknet, que posteriormente se transformou em Submarino, e também o site de e-commerce do Ponto Frio.

"O grande boom ocorreu nos anos de 1999 e 2000", diz Pedro Guasti, diretor geral da e-bit, empresa de pesquisa e tecnologia on-line que mede o comércio de bens de consumo na internet. De acordo com o executivo, para montar uma loja virtual são necessários investimentos que variam de R$ 10 mil, para uma loja simples, até R$ 500 mil, no caso de uma opção mais estruturada.

Giuliana Flores
(www.giulianaflores.com.br)

Cestas Michelli
(www.cestasmichelli.com.br)

Nova Flor
(www.novaflor.com.br)

Espaço Fechado
(www.fabricaderelogios.com.br)




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