Política Titulo Eleições municipais
Morando lidera lista de doação de secretários

Quinze integrantes do 1º escalão do prefeito de S.Bernardo desembolsam quase R$ 300 mil à campanha

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
28/10/2020 | 00:07
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Divulgação


O prefeito de São Bernardo e candidato à reeleição, Orlando Morando (PSDB), foi o chefe do Executivo que, na primeira parcial de balanço financeiro da eleição deste ano, mais recebeu doações de secretários. Ao todo, 15 titulares de pastas da gestão tucana desembolsaram R$ 283,8 mil no projeto, valor que representa 8,24% do total da receita arrecadada no pleito pelo político, que recebeu até agora R$ 3,44 milhões na corrida pela tentativa de segundo mandato. O saldo identificado é bem diferente do cenário na esfera regional, conforme levantamento feito pelo Diário na prestação de contas.

O volume dos depósitos varia de R$ 25 mil a R$ 12 mil. As maiores fatias registradas no período, teto entre os secretários municipais, foram formalizadas por Pedro Aguiar Pinheiro e José Luiz Gavinelli, titulares das pastas de Administração e Finanças, respectivamente, com transferências idênticas de dinheiro para financiar a manutenção do grupo governista – esse número exclui o repasse do vice-prefeito Marcelo Lima (PSD), que exerceu comando do setor de Serviços Urbanos por praticamente três anos durante a gestão. O pessedista aplicou R$ 27 mil no projeto próprio do PSDB.

No rol de secretários constam também, na sequência, Thais Santiago (R$ 23,5 mil, Comunicação), Marcos Galante Vial (R$ 22 mil, SBCPrev), Delson José Amador (R$ 22 mil, Transportes e Vias Públicas), Luciano Nunes Pereira (R$ 20,3 mil, Planejamento Estratégico) e João Abukater Neto (R$ 20 mil, Habitação). Completam o cômputo Humberto Rodrigues, Carlos Romero, Valter Moura Júnior, Sérgio Thomé, Sérgio Pasin, Admir Silvestre, Julia Benicio e Geraldo Reple Sobrinho – este último, titular da saúde, entrou com piso do patamar até o momento entre os aliados do tucano.

As transferências de componentes do primeiro escalão equivalem a um terço do pacote de doações de pessoas físicas da lista, que totalizam R$ 816,4 mil. Morando tem, atualmente, a campanha com maior arrecadação entre os prefeituráveis do Grande ABC. O montante de R$ 3,44 milhões é superior, por exemplo, às despesas contratadas oficialmente pela empreitada do hoje presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no páreo de 2018, na faixa de R$ 2,45 milhões – a receita, na ocasião, se deu em R$ 4,39 milhões. O tucano, por sua vez, já gastou R$ 1,1 milhão.

As demais cidades da região, somadas, concentram R$ 31,35 mil dentro do contexto de doação eleitoral de secretários. Deste valor, metade está atrelada a Ribeirão Pires, onde Adriano Campos (Administração) depositou R$ 10,7 mil, enquanto a primeira-dama Flávia Dotto (presidente do Fundo Social), R$ 5.000. Em Mauá, a primeira-dama Andreia Rolim Rios (titular de Políticas Públicas para Mulheres) empregou R$ 7.131 e Marcos Maluf (Administração), R$ 780. Santo André, no acumulado, computa R$ 6.500, sendo R$ 4.000 de Ana Cláudia Cebrian Leite (chefia de Gabinete). Já São Caetano tem R$ 1.246 – Geová Faria aplicou R$ 1.146.

Na campanha de Pretinho do Água Santa (DEM), nome governista, não há registro de doações de secretário. Em Rio Grande da Serra, a empreitada de Marilza de Oliveira (PSD), também com apoio do Paço, não constam valores de receita.  




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