Setecidades Titulo Retrato da pandemia
Covid-19 mata um a cada hora na região

Em uma semana, Grande ABC computa 156 óbitos causados pela doença, segundo maior número registrado desde o início da pandemia

Flavia Kurotori
Do Diário do Grande ABC
26/07/2020 | 00:01
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Pixabay


No Grande ABC, 156 pessoas morreram apenas na última semana em razão do novo coronavírus, ou seja, média de uma a cada hora. Este é o segundo maior número desde o início da pandemia, ficando atrás apenas da semana anterior, entre os dias 19 e 25 de julho, quando 157 vítimas fatais foram contabilizadas. Agora, a região totaliza 1.654 óbitos causados pela doença.

Nos últimos sete dias, 5.278 diagnósticos positivos foram registrados, equivalente a um a cada dois minutos. No 133º dia da pandemia, o Grande ABC soma 37.171 casos de Covid-19. Os dados são de boletins epidemiológicos divulgados diariamente pelas prefeituras. 

A alta de mortes e infectados ocorreram enquanto a região está na Fase 3 (amarela) do Plano São Paulo, que determina as diretrizes para flexibilização da quarentena e retomada gradual da economia. Até o momento, estabelecimentos como comércio de rua, shoppings e salões de beleza estão autorizados a funcionar com horário reduzido e seguindo medidas de segurança. A partir de amanhã, aliás, o relaxamento aumenta, permitindo que cinemas, teatros e outras atrações culturais voltem a funcionar.

Conforme o Diário tem publicado, especialistas avaliam que o crescimento da curva de contaminação e óbitos já está refletindo o início da flexibilização, quando a Fase 2 (laranja) foi implementada em 15 de junho no Grande ABC. Inclusive, eles alertam que a população não está adotando as medidas preventivas ideais, a exemplo do uso de máscara, cuja falta de adesão pelos moradores já foi flagrada pela reportagem nas últimas semanas.

BALANÇO

São Bernardo segue como a cidade com o maior número de ocorrências (16.428) e óbitos (585) da região, seguida por Santo André (10.495 casos e 367 mortes), Diadema (5.149 casos e 330 mortes), São Caetano (2.495 casos e 121 mortes), Mauá (1.663 casos e 186 mortes), Ribeirão Pires (660 casos e 50 mortes) e Rio Grande da Serra (281 casos e 15 mortes). Outros 40.523 pacientes aguardam diagnóstico, enquanto 19.049 já se recuperaram.

O Estado computa 21.517 óbitos e 479.481 casos confirmados de coronavírus. Entre os infectados, 319.848 se recuperaram. Nesta semana, o governo estadual registrou, por três dias seguidos, o maior número de confirmações diárias. A justificativa foi a de represamento de dados causado pela instabilidade técnica de plataforma do Ministério da Saúde.

País tem 2,39 milhões de diagnósticos

Segundo dados do Ministério da Saúde, 2.394.513 brasileiros foram diagnosticados com o novo coronavírus desde o início da pandemia, dos quais 51.147 casos foram confirmados apenas ontem. Trata-se do quarto dia consecutivo em que o Brasil computa mais de 50 mil casos. Do total, 86.449 pessoas morreram por causa da doença, sendo 1.211 registradas em 24 horas. 

Desta maneira, o País possui 41 óbitos a cada 100 milhões de habitantes e a letalidade é de 3,6%. Por outro lado, pelo menos 1.617.480 pacientes já se recuperaram da Covid-19 e 690.584 estão em acompanhamento.

São Paulo segue como o local com maior incidência de testes positivos e vítimas fatais do vírus. Em seguida, estão os estados do Ceará (161.597), do Rio de Janeiro (156.293), do Pará (147.923) e da Bahia (146.399). Sobre a quantidade de mortes, Sâo Paulo é seguido pelo Rio de Janeiro (12.808), Ceará (7.476), Pernambuco (6.299) e Pará (5.689). 

Apenas 95 dos 5.568 municípios brasileiros ainda não registraram algum paciente contaminado pela Covid até sexta-feira, o equivalente a 1,7%. Na última semana epidemiológica, 4.523 municípios informaram casos novos. Já mortes causadas pela doença foram notificadas em 59% das cidades brasileiras (3.281), sendo 225 nos últimos sete dias. 

Em todo mundo, 15.909.757 de pessoas já foram infectadas pelo coronavírus e 641.716 morreram. O Brasil é o segundo em quantidade de casos, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, onde 4.154.361 cidadãos foram diagnosticados com a doença e o número de óbitos chega a 146.299. As informações são da Universidade Johns Hopkins.




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