A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspeita que o Laboratório Enila usava matéria-prima de origem desconhecida para fabricar o medicamento Celobar, um contraste à base de bário usado para exames radiológicos. O remédio é apontado como causa provável para 17 mortes registradas em todo o país. O laboratório está interditado e lotes do Celobar foram apreendidos.

A suspeita sobre o uso de matéria-prima irregular para fabricação do Celobar foi reforçada após uma inspeção realizada terça-feira na sede do Laboratório Enila, no Rio. Técnicos da Anvisa e da Vigilância Sanitária do Rio de Janeiro constaram que a quantidade de matéria-prima adquirida pela empresa é menor que a utilizada na fabricação de produtos colocados no mercado entre 2002 e 2003.

A investigação dos técnicos descobriu aproximadamente 600 quilos de sulfato de bário (princípio ativo do Celobar) sem origem determinada. A conclusão foi possível pela comparação da produção declarada com a matéria-prima de origem comprovada e a quantidade fabricada e comercializada do Celobar.

Com informações da Agência Brasil