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Câmara vai chamar diretor do Semasa para esclarecimentos
Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
18/06/2011 | 07:53
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As denúncias sobre sexo, drogas, desacato e superfaturamento vazadas internamente do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) vão criar desdobramentos. Parte dos vereadores assinará até terça-feira requerimento para convidar o diretor do departamento de gestão ambiental, Roberto Tokuzumi, para conceder explicações à Câmara em relação ao pedido de sindicância às quatro acusações arquivadas.

O vereador Tiago Nogueira (PT) sustenta que as alegações sobre falta de provas não satisfizeram o Legislativo. "Não foram esclarecedoras as informações. Autarquia está sendo sucateada para privatização. Situação sucede série de escândalos. Por isso, vamos convidá-lo. Se não convencer, buscaremos o Ministério Público."

Para o petista, a presença de Tokuzumi na Casa dará a oportunidade de questionamento sobre as razões do arquivamento sem o mínimo de investigação. "Ele recebeu indícios de irregularidades. Como político experiente não seria irresponsável de abrir processo sem que houvesse algo encorpado. Está claro que pessoas foram promovidas em troca de cala boca. Fica imagem de corrupção e favorecimento."

Segundo o tucano Paulinho Serra, devido aos graves fatos noticiados o mínimo é ouvir o outro lado. "Discussão não pode ser política. Temos de averiguar e dar chance de defesa." O líder do governo, Donizeti Pereira (PV), disse que o requerimento será avaliado junto à administração. "Não vejo problema algum. Quanto mais esclarecimentos melhor."

Tokuzumi adianta que, caso haja convite, vai comparecer à Câmara. Ex-vice-prefeito de Ribeirão Pires, na gestão de 1996 a 2000, ele garante que, como diretor do departamento de resíduos sólidos, assinou o pedido porque havia funcionários que estavam extrapolando o ‘perímetro'. "Recebi acusações comprometedoras. Não poderia omitir e manter sigilo. Passei para frente, tinha essa obrigação. Mas na hora de chamar as pessoas, todo mundo murchou, ficaram quietas. As provas não apareceram."

O diretor revela que se sente aliviado por ter sido remanejado dos quadros do Semasa em decorrência do clima de animosidade. "Me senti premiado com a mudança. Existe briga constante de dois grupos de gerências. São desafetos declarados. Pode ser por isso que iniciou ataques internos.".




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