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Tênis: brasileiros começam a treinar para Taça Davis
Por Do Diário do Grande ABC
11/07/1999 | 16:20
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Serena, calma e rica, como muitas cidades do Interior de Sao Paulo, a tranqüilidade reina em Pau, no sudoeste da França, onde a equipe brasileira da Copa Davis iniciou os treinos neste domingo, um dia antes do esperado. A boa surpresa ficou para a quadra do Palais des Sports, local do confronto entre França e Brasil pelas quartas-de-final do Grupo Mundial da Copa Davis, de 16 a 18. A superfície de Taraflex (marca do carpete) nao é tao assustadoramente rápida como sugeriam os comentários anteriores. "Nao é como ouvimos falar", tranqüilizava-se Ricardo Acioly, técnico e capitao da equipe brasileira. "Nao deixa de ser uma superfície rápida, com a bola pulando baixa, mas é mais lenta do que pensei."

Os jogadores também ficaram satisfeitos com o que encontraram em Pau. Gustavo Kuerten, depois de dois dias sem treinar para poupar-se dar dores no braço direito, mostrou-se confiante na possibilidade de realizar bons jogos. "Gostei de jogar nesta quadra", disse Guga que treinou separado com Flávio Saretta e o técnico Larri Passos, em outro Taraflex montado só para treinamentos. "É claro que o saque vai ser muito importante durante os jogos, será uma arma fundamental, mas depois vai dar para jogar".

Com 'fome de bola', após alguns dias sem treinos, Guga já está de volta. O técnico Larri Passos lembrou também que seu pupilo conheceu bem este tipo de superfície, durante a temporada européia quadras cobertas em 1997. Além disso, vem de um bom período de jogos em grama. "Treinamos para Wimbledon, lá em Florianópolis, em uma quadra bem mais rápida do que esta aqui de Pau", advertiu Passos. "Depois, o Guga ainda jogou na grama, por isso, está bem acostumado e adaptado". Fernando Meligeni, o que mais vem sendo exigido nos treinamentos, também estava contente com os resultados conseguidos até agora e, especialmente, pelo fato de sentir a possibilidade de jogar bem mais próximo de seu estilo, com trocas de bolas. "Acho que vai dar para trocar um pouco de bola, mas será importante buscar uma rápida definiçao dos pontos", disse Meligeni. "Nao por acaso que estou treinando tantos os voleios e passadas."

De basquete - O ginásio dos jogos entre França e Brasil é o do melhor time de basquete da França, o de Pau, e tem uma "casa" bem parecida com a dos maiores times norte-americanos de basquete. Sao 7,5 mil lugares numerados e espaçosos. Nao fosse a distância entre as cadeiras, tao grandes e confortáveis, a lotaçao, certamente, poderia estar próxima do dobro. A quadra apenas, o carpete, é uma cor estranha, algo parecido cor de vinho. Um pouco feia e incomum para o tênis. O Taraflex, porém, é uma marca parecida, usada nos principais torneios europeus de quadras cobertas, como, por exemplo, o Masters de Hannover.

Sede - Se o Brasil passar pela França, disputaria as semifinais em setembro com o vencedor de Suíça e Bélgica. Se os adversários forem os belgas, o confronto terá de ser na Bélgica. O motivo é que, embora os brasileiros tenham feito o último jogo em Bruxelas, valeu como se estivessem jogando em casa, pois a perda do mando das partidas foi uma puniçao da Federaçao Internacional de Tênis (ITF).




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