Política Titulo São Caetano
Câmara barra de novo impeachment de Auricchio

Requerimento era semelhante ao texto apresentado pelo Psol, rejeitado em junho pela Casa

Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
08/08/2018 | 07:00
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Denis Maciel 26/6/18


A Câmara de São Caetano rejeitou na tarde de ontem pedido de impeachment do prefeito José Auricchio Júnior (PSDB). Protocolado pelo MBL (Movimento Brasil Livre) no mês de junho, a peça se baseava em denúncia feita pelo MPE (Ministério Público Eleitoral) que acusa o tucano e seu vice Beto Vidoski (PSDB) de praticarem crimes eleitorais durante a campanha de 2016.

O recebimento do requerimento foi derrubado logo no início da sessão ordinária. Presidente do Legislativo, Pio Mielo (MDB) leu oficialmente o documento e conduziu a votação de forma simbólica e relâmpago, ou seja, a apreciação da matéria não foi nominal. Por voto da maioria do Legislativo (15 dos 19 vereadores votaram a favor de Auricchio), o pedido foi rejeitado.

Os únicos favoráveis à peça e contrários ao prefeito foram os oposicionistas Ubiratan Figueiredo, Cesar Oliva (ambos do PR), Jander Lira e Chico Bento (os dois do PP). O documento não foi aprovado sequer pelos vereadores do DEM, Mauricio Fernandes e Carlos Humberto Seraphim. O partido é o mesmo do líder do MBL, Kim Kataguiri, responsável por protocolar pessoalmente o pedido contra Auricchio e candidato a deputado federal pela legenda. Curiosamente, a presença dos integrantes do movimento foi tímida na sessão de ontem e não foram registradas manifestações durante a votação do requerimento. Pequeno tumulto foi registrado ao final da sessão entre os militantes do movimento e um grupo de jovens. Ao jornal Repórter Diário, lideranças do MBL relataram ter sido hostilizados na saída do Legislativo.

DENÚNCIA
Foi o segundo pedido de impeachment contra Auricchio. Em junho, o Psol já havia ingressado com pedido de cassação do mandato do tucano, mas o documento também foi reprovado pela maioria dos vereadores.

O MPE acusou formalmente Auricchio e Vidoski e outras sete pessoas, entre elas doadores da campanha tucana, de fraudar o financiamento do projeto eleitoral de 2016. Para o MPE, “54% do montante arrecadado para a campanha foram provenientes de doações dissimuladas”, o que, segundo o órgão, “coloca em xeque a legitimidade do pleito no município”.

Auricchio venceu o então prefeito Paulo Pinheiro (DEM) com 34,4% dos votos válidos. O caso tramita no momento na Justiça Eleitoral de São Caetano. 




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