Após o sucesso nas eleições de 2016, o PSDB começa a articular candidaturas no Grande ABC para 2018 tendo como foco duas estratégias. A primeira será pegar carona no bom momento da legenda, que administra pela primeira vez quatro municípios (Santo André, São Bernardo, São Caetano e Rio Grande da Serra). A outra é tentar lançar postulantes nas sete cidades da região.

Na visão do presidente estadual da legenda, o deputado Pedro Tobias, a intenção é formar uma bancada tucana do Grande ABC, tanto na Câmara Federal quanto na Assembleia Legislativa. “Precisamos aproveitar a liderança dos prefeitos Orlando Morando e Paulo Serra e aumentar o número de parlamentares. Fortalecer a região é importante e, por isso, sou a favor do voto distrital puro, para cada cidade poder eleger seu deputado”, afirmou.

Tobias acredita ainda que a baixa representatividade da região no governo estadual – Geraldo Alckmin não possui atualmente nenhum político da região no primeiro escalão – não atrapalha os planos da sigla. “Não vejo a necessidade de termos um secretário da região. Isso acaba sendo vaidade. Como exemplo, minha cidade, Bauru, não tem nenhum titular de Pasta e em breve teremos um campus da USP (Universidade de São Paulo)”, pontuou.

O desafio do PSDB no Grande ABC passa pelo fato de, historicamente, poucos candidatos tucanos terem conseguido se eleger em pleitos passados. O atual prefeito de São Bernardo, Orlando Morando, chegou por quatro vezes à Assembleia (2002, 2006, 2010 e 2014), assim como o ex-chefe do Executivo de Diadema José Augusto da Silva Ramos (2002 e 2006). O primeiro deputado estadual da sigla foi o ex-prefeito de Ribeirão Pires Clóvis Volpi (sem partido), eleito em 1994.

Por outro lado, o único deputado federal eleito pelo PSDB na região até o momento foi o ex-prefeito de São Bernardo William Dib (sem partido), em 2010.

LISTA
Sobre o nome do sucessor de Alckmin, Pedro Tobias destacou que o PSDB terá candidatura própria. “É impossível não sermos a cabeça da chapa. São cinco mandatos consecutivos e temos líderes como João Doria (prefeito da Capital paulista), o senador José Serra, José Aníbal (suplente), Orlando Morando, Bruno Covas (vice-prefeito da Capital) e David Uip (secretário estadual de Saúde) que têm totais condições de disputar as eleições”, concluiu.