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ACM tem poder cada vez maior
Por José Augusto Gayoso
Da ARN, em Brasília 
31/12/1999 | 14:12
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O presidente do Congresso, senador Antonio Carlos Magalhaes (PFL-BA), nao gosta de alardear publicamente o que todo mundo sabe: ele influi cada vez mais no governo de FHC. Nao só ele, mas o PFL em geral. Quando o assunto é fidelidade absoluta e apoio inconteste, o PFL está sempre lá, às vezes até com mais fervor que o PSDB, partido do presidente.  

É por isso que os líderes nacionais do partido podem, mais do que ninguém, ser considerados em alta no novo governo. ACM, por exemplo, é padrinho de duas indicaçoes do primeiro escalao de Fernando Henrique: Waldeck Ornélas e Rodolfo Tourinho. O presidente nacional do PFL, Jorge Bornhausen, é outro líder liberal em alta. Além de ter sido eleito senador por Santa Catarina, é padrinho direto e assumido do próximo ministro dos Esportes e Turismo, Raphael Grecca, ex-prefeito de Curitiba e deputado federal.   

Ao defender a indicaçao de Grecca, Bornhausen levou ao presidente os números das últimas eleiçoes, que apontavam na direçao de um sucesso estrondoso do partido no Paraná.  Ponto para Bornhausen e seu PFL, que foi o mais fiel em diversas votaçoes - em especial da Câmara - quando foram votadas as reformas.  O detalhe é que Bornhausen já foi ministro da Educaçao do governo José Sarney e da Casa Civil do governo Fernando Collor.  

Outro pefelista (ou ex) que está em alta junto ao Planalto é o atual líder do governo no Senado, Élcio Alvares. Será o ministro da Defesa, mesmo que o ministério ainda nem exista, oficialmente. O próprio presidente está se encarregando de aplainar o terreno junto aos comandantes militares antes que o civil Alvares assuma o poderoso ministério.   

Quem nunca deixou de estar em alta e, conseqüentemente, está cada vez mais subindo na cotaçao governamental, é o ministro chefe da Casa Civil, Clóvis Carvalho. Mesmo sem ser identificado com qualquer corrente ou partido, Carvalho é considerado como um dos mais influentes assessores do presidente.   

Já entre os peemedebistas, quem pode ser considerado em alta sao os ministros nomeados para o segundo mandato (Calheiros, Padilha e Angelis), bem como o líder do partido no Senado, Jáder Barbalho. Além, é claro, do ex-presidente José Sarney. Afinal, seu filho foi nomeado para o ministério do Meio Ambiente. Baixa - O PPB é um dos partidos da base de sustentaçao do governo, mas o presidente do partido, Paulo Maluf, está em baixa no Planalto.   

As cicatrizes abertas na campanha para o governo de Sao Paulo ainda nao estao totalmente fechadas. O comando tucano considerou que Maluf extrapolou em suas críticas a Mário Covas, o que, por tabela, se constituiu num ataque a Fernando Henrique.  Tanto que, apesar de Maluf ser o presidente do Diretório Nacional do partido, a interlocuçao do presidente com o PPB se dá por meio de Francisco Dornelles, nomeado ministro do Trabalho, e Esperidiao Amin, governador eleito de Santa Catarina e presidente de honra do PPB.




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