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Matheus cria jogo e ganha US$ 60 mil
Caroline Ropero
Especial para o Diário
05/06/2011 | 07:00
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Ele ama ciências e faz pesquisas de gente grande. Por mais de um ano estudou para ajudar quem tem deficit de atenção a poder se concentrar, e agora vai curtir a recompensa. Matheus Manuppela, 17 anos, ganhou US$ 60 mil para fazer faculdade nos Estados Unidos.

O garoto é um dos mais de 1.500 estudantes do Ensino Médio de 65 países que participaram da Intel ISEF - International Science and Engineering Fair (Feira Internacional Pré-Universitária de Ciências), nos Estados Unidos. Segundo Rubem Saldanha, gerente de educação da Intel, a competição incentiva a criação de propostas para solucionar problemas da comunidade. Com isso, acredita-se que os estudantes começam a se preparar para a carreira que desejam seguir. Há várias categorias e o prêmio pode ser em dinheiro ou bolsas de estudo.

Os participantes são escolhidos em feiras nacionais afiliadas, como Febrace (Feira Brasileira de Ciências e Engenharia), realizada em São Paulo, e Mostratec (Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia), em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul. Também tem de dominar o inglês. "Nunca gostei muito dessa matéria, mas quando fui selecionado para a feira internacional fiz aulas particulares para conseguir apresentar o projeto."

O GAME - A partir da constatação de que os jogos eletrônicos estimulam o raciocínio e mantêm a atenção dos jogadores, Matheus resolveu pesquisar o efeito entre adolescentes com deficit de atenção e hiperatividade. Para isso, recebeu orientação e ajuda de professor e psicólogo, além da colaboração de um amigo que enfrenta esse problema.

Depois de utilizar materiais já existentes, o garoto criou um game em que o jogador age como se participasse de um show de perguntas sobre conhecimentos gerais. O exercício, aplicado a aluno de 15 a 17 anos de duas escolas paulistas, melhorou a concentração que se refletiu até nas notas.

O resultado despertou interesse de uma universidade norte-americana que concedeu bolsa para que Matheus possa ampliar suas pesquisas. "É uma recompensa e grande aprendizado. Passei a gostar de fazer projetos, explicar e descrevê-los", diz o garoto, que agora precisa concluir o Ensino Médio para arrumar as malas e partir.




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