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Possíveis mudanças na Educação geram debate

Alteração no currículo precisa ser aprovada no Congresso; alunos vão optar por disciplinas

Por Caroline Ribeiro
Especial para o Diário
02/10/2016 | 07:00
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Divulgação


Na quinta-feira, dia 22, o Ministério da Educação anunciou o projeto de reformulação do Ensino Médio com ações que podem entrar em prática já a partir do ano que vem, sendo implementadas gradualmente na rede de ensino. As três principais alterações previstas na reforma são: a redução do conteúdo obrigatório, a flexibilização do currículo escolar e a ampliação da carga horária dos alunos. No entanto, as medidas apresentadas às presas pelo governo causaram dúvidas e desconforto na população, professores e estudantes, principalmente no que diz respeito à ‘retirada’ de algumas matérias do currículo. O projeto entrou em vigor de forma imediata por meio de uma MP (Medida Provisória) assinada pelo presidente Michel Temer. No entanto, para que a reforma tenha continuidade, precisará da aprovação do Congresso em até 120 dias. Caso contrário, a medida assinada perde seu valor.

As ações de mudanças que mais têm gerando descontentamento de estudantes e professores é o fim da obrigatoriedade de algumas matérias junto à flexibilização da grade curricular. Atualmente, o currículo do Ensino Médio conta com 13 disciplinas exigidas (Português, Literatura, Matemática, Geografia, História, Física, Química, Biologia, Língua Estrangeira, Educação Física, Artes, Filosofia e Sociologia). Com a aprovação do projeto, somente parte da grade será igual para todos, tendo apenas as disciplinas de Português e Matemática como obrigatórias nos três anos do Ensino Médio, assim como o Inglês (língua estrangeira). O restante das matérias seria obrigatório apenas pelo prazo de um ano e meio, e depois disso o aluno poderá optar por aprofundar conhecimentos em cinco aéreas de formação: Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza, Ciências Humanas e Formação Técnica. A reforma estipula ainda que a carga horária obrigatória passe de 800 horas para 1.400 horas anuais.

O estudante do 2º ano da Escola Estadual Olavo Hansen, de Mauá, Alisson Nogueira Lacerda ficou descontente com o que pode vir para o futuro. “É necessária mudança na Educação, mas acredito que não é deixando lacunas na formação do aluno. Tirar matérias como Filosofia e Sociologia não nos afeta apenas como alunos, mas como cidadãos, que perderão a chance de ter a formação dos pensamentos crítico e social.” 

“Artes e Educação Física trazem a parte lúdica, o respiro, o divertimento, cultura e espírito de equipe, não deveriam ser opcionais”, aponta Helena Barbosa Carvalho Batista, 17, estudante do 3º ano do Ensino Médio da Escola Estadual José Marcato, em Diadema. Essas mudanças ainda dependem dos governos estaduais, que terão a autonomia para definir o currículo de suas redes. A implementação das novas regras ainda precisa tramitar no Congresso para ter o aval do Poder Legislativo.




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