As obras do vigésimo piscinão do Grande ABC, construído pelo Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica) dentro da Ford, em São Bernardo, começam até o final do mês. A previsão é do superintendente do órgão, Ubirajara Tannuri Félix, que deve visitar a empresa na próxima semana.

A construção é anunciada com pelo menos seis meses de atraso, já que a licitação foi concluída pelo Estado em dezembro. Um desentendimento com a Ford atrasou o cronograma.

No começo do mês a montadora liberou uma área de 20 mil m² para a obra, após o governo se comprometer a canalizar dois pequenos córregos que passam pelo terreno da empresa.

A Ford foi procurada para comentar o assunto, mas informou por meio de assessoria de imprensa que não vai se pronunciar, pois já entrou em acordo com o Estado.

Com investimento na ordem de R$ 6 milhões e capacidade de retenção de até 90 mil m³, o piscinão da Ford é o terceiro do Taboão e deve ser concluído até o final de 2009.

Félix explica que o prazo é longo porque a obra será feita dentro de uma empresa privada e por isso o Estado não terá total liberdade para as construções. "Teremos de seguir regras e esperar eles se organizarem para iniciarmos os trabalhos. Estamos em fase de acordo pois a Ford precisa saber, por exemplo, onde montar canteiro de obras e despejar o material que será escavado."

PLANO CONCLUÍDO
O primeiro reservatório do Taboão, inaugurado em abril do ano passado retém 180 mil m³ de água. O segundo, ainda em construção, terá a mesma capacidade. A expectativa do Daee é de que ele seja entregue até o final do ano.

Com a conclusão do reservatório da Ford, o Estado finaliza os trabalhos no Ribeirão dos Couros do Plano de Macrodrenagem. Mesmo assim, o superintendente do Daee não descarta a possibilidade de novas construções na bacia do Alto Tamanduateí. "O Plano será revisto até o final do ano e se detectarmos necessidade, novos piscinões serão feitos. Principalmente se surgir área disponível na região de Diadema", frisa o superintendente.

Félix explica que como o crescimento urbano é contínuo, o investimento é fundamental para diminuir cada vez mais o risco de enchentes.