Pela primeira vez na corrida eleitoral à Prefeitura de Diadema, o advogado ambientalista Virgílio Alcides de Faria (Rede) já avisou que sua campanha vai dispor de poucos recursos financeiros e que boa parte da verba para tocar o projeto eleitoral será proveniente de vaquinha feita entre candidatos pelo partido e filiados.

Virgílio foi oficializado ontem à noite, em convenção na Câmara, com Francisco Nogueira (Rede) como vice. Nogueira se notabilizou por ser líder do movimento da água, grupo que contestava valores cobrados pela extinta Saned (Companhia de Saneamento Básico de Diadema).

“Dinheiro a gente não tem, é uma certeza. Teremos de recorrer a vaquinha, já avisamos os militantes. Ainda não fizemos (a coleta da verba) porque vamos concentrar o pouco recurso a partir do dia 16 de agosto, quando colocaremos a campanha na rua”, disse Virgílio. “Não teremos dinheiro, mas temos militância coragem e proposta. Mais do que disputar uma campanha eleitoral, queremos mesmo discutir a política na nossa cidade.”

Idealizado pela ex-presidenciável Marina Silva, a Rede em Diadema vai apostar numa chapa com nove candidatos a vereador. Mesmo assim, a meta é ousada: eleger três nomes. “E por que não? Temos de quebrar com esse pragmatismo político”, afirmou Virgílio.

A chapa pura, de acordo com o prefeiturável, decorreu da falta de acordo com siglas “de aluguel” ou de falta de afinidade de propostas. “Impressionante como tem políticos de aluguel, que estão loucos para pegar uma boquinha no governo. O Lauro (Michels, PV, prefeito) e o Vaguinho (do Conselho, do PRB) estão cheio desses. Não sei de onde vem tanto dinheiro. Mas dá para saber que esse tipo de política faz com que Diadema não avance como cidade sustentável.”