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Greve na Pirelli acaba após cinco dias

Funcionários da fábrica de Santo André aceitaram reajuste de 7,5% e PLR de R$ 7.000

Paula Oliveira
Especial para o Diário
25/06/2016 | 07:00
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André Henriques


Após cinco dias, os funcionários da Pirelli encerraram a greve na fábrica de Santo André, que teve início na segunda-feira. A decisão foi tomada após eleição por cédulas, que terminou com 768 votos a favor da aceitação da proposta da empresa e 602 pela manutenção da paralisação.

Com isso, os trabalhadores terão reajuste de 7,5% nos salários a partir de janeiro e receberão PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de R$ 7.000, além de bonificação no valor correspondente a 100 horas de serviço, montante que deverá ser depositado no início de julho.

Na pauta original, a categoria reivindicava reposição integral e imediata dos salários pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que acumulou 9,82% no período de 12 meses encerrado em maio, mais reajuste real de 3%. Outra exigência era a de que a PLR fosse no valor de R$ 13 mil.

“Talvez esta não fosse a melhor opção e quem votou contra (o fim da greve) teve dificuldade em aceitar a decisão”, reconhece o presidente do Sindicato dos Borracheiros da Grande São Paulo, Marcio Ferreira. No dia anterior, a pauta seria votada em assembleia tradicional, mas o ato foi cancelado para evitar confronto entre grupos dissidentes.

Caso a categoria optasse por permanecer parada, o dissídio seria levado para apreciação do TRT (Tribunal Regional do Trabalho).

Na Bridgestone, fabricante de pneus detentora da marca Firestone e que também possui planta em Santo André, os cerca de 3.500 trabalhadores aprovaram no início do mês o reajuste dos mesmos 7,5%, mas aplicados imediatamente aos salários, mais PLR no valor de R$ 11 mil.

O sindicalista informa que também estão sendo feitas paralisações pontuais nas indústrias de artefatos de borracha, que empregam aproximadamente 15 mil pessoas na região. A categoria rejeitou a proposta patronal, que previa reajuste salarial parcelado de 8%, sendo 5% pagos de imediato e os outros 3%, em janeiro, além de abono no valor de R$ 400. A reivindicação de correção do pagamento é a mesma feita às pneumáticas. 




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