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Empregados da saúde privada entram em estado de greve

Categoria, que possui 30 mil pessoas no Grande ABC, reivindica 12% de reajuste

Por Natália Scarabotto
Especial para o Diário
14/06/2016 | 07:00
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Trabalhadores da saúde privada do Grande ABC estão em estado de greve. Ou seja, podem paralisar as atividades a qualquer momento. A deliberação foi aprovada por unanimidade em assembleia realizada na noite de sexta-feira.

A categoria está em campanha salarial e reivindica 12% de reajuste salarial, sendo 9,86% de reposição da inflação e mais 2,17% de aumento real, além de PLR (Participação nos Lucros e Resultados) no valor de R$ 1.000.

De acordo com o presidente do Sindsaúde ABC (Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Privados de Saúde do Grande ABC), Almir Rogério da Silva, o Mizito, não há data específica para iniciar a greve. “Depende da movimentação. Já fizemos a assembleia e aprovamos o aviso. Também vamos aguardar o retorno das reuniões (com as empresas) e, dependendo da resposta, vamos paralisar. Em 72 horas, a partir de hoje (ontem), já vamos deixar a categoria em alerta para o ato.” As demandas vêm sendo negociadas desde fevereiro com os patrões.

“Até o momento o setor não ofereceu uma proposta que possa ser apreciada por nós e sabemos que, apesar da situação econômica do País, há possibilidade de reajuste porque os resultados foram bons no ano passado”, afirma Mizito.

O sindicalista argumenta que diversas empresas do setor tiveram superavit operacional em 2015 na região, o que, na opinião dele, viabilizaria o pagamento dos valores reivindicados.

Para fortalecer a mobilização, o Sindsaúde ABC se uniu a outros sindicatos da categoria, como os de Guarulhos, Osasco e Sorocaba. Ao todo, mais de 100 mil trabalhadores aguardam o reajuste, sendo aproximadamente 30 mil só no Grande ABC.

O Diário tentou entrar em contato com o SindHosp (Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo), mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.   




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