Os resultados da qualidade da água das represas Billings e Guarapiranga apresentaram melhora em relação ao ano passado, conforme dados obtidos na expedição realizada pela USCS (Universidade Municipal de São Caetano) em parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica. Nas duas últimas semanas foram analisados o braço Rio Pequeno da Billings e a Represa Guarapiranga.

Dos 162 pontos avaliados neste ano, a maioria (68) foi considerada regular. Houve 32 locais ruins e 21 péssimos, além de 41 apontados como bons. Não foi registrada nenhuma amostra ótima.

Conforme a bióloga da USCS e uma das responsáveis pelo projeto Marta Ângela Marcondes, a última etapa da Expedição Billings encerrou as análises com resultados melhores por causa da chuva. “As precipitações no começo do ano ajudaram a aumentar a capacidade dos mananciais e a diluir os poluentes. De maneira geral, nos 162 pontos, temos menos áreas com a qualidade da água ruim e mais de qualidade razoável.”

Um dos principais fatores que mostraram a melhoria no Rio Pequeno foi a baixa proliferação de bactérias. Foi encontrada apenas a Escherichia coli, que indica esgoto no reservatório. “Mesmo que a água esteja contaminada, o fato de ter apenas um tipo da bactéria é um resultado positivo.”

No sistema Guarapiranga foram analisados na última semana 52 pontos, a maior parte regular e nenhum péssimo. Havia seis pontos bons e quatro ruins.

Desde 2014, a expedição realiza o diagnóstico ambiental dos reservatórios por meio de análises microbiológicas e físico-químicas que indicam quais são os problemas e apontam possíveis soluções para melhorar a qualidade da água das represas. A ideia é que a iniciativa seja realizada anualmente até 2024.