Economia Titulo
Japão reclama da burocracia no Brasil
Por
18/04/2010 | 07:51
Compartilhar notícia


O vice-ministro para relações internacionais do Ministério da Economia, Comércio e Indústria do Japão, Hiroyuki Ishige, reclamou da burocracia e de normas ultrapassadas no País que atrapalham o comércio exterior e os investimentos entre os dois países. "O Brasil é uma das economias mais significativas do mundo. Porém, a nossa impressão é que algumas instituições continuam na época em que o País não tinha essa projeção", criticou.

Chefiando missão com cerca de 80 pessoas do governo e da iniciativa privada, Hiroyuki disse que o Japão tem forte interesse no Brasil, mas muitas empresas japonesas que estão no País enfrentam dificuldades. Segundo ele, se os problemas forem solucionados, os investimentos japoneses e a transferência de tecnologia devem ser mais intensos. Ele se queixou do prazo de pagamento de royalties pela transferência de tecnologia de empresa japonesa para outra no Brasil.

"Estas tecnologias são um esforço muito forte e de anos das empresas japonesas", afirmou. O vice-ministro disse que o prazo de cinco anos, prorrogável por mais cinco anos, é curto. "A lei brasileira é um pouco imprecisa em relação à confidencialidade que deve acompanhar este tipo de contrato. Não estabelece claramente proteção a informações importantes no âmbito da tecnologia. Removidas as restrições, acreditamos que a transferência de tecnologia se dará de maneira mais intensa e mais fluida", acrescentou.

Do lado brasileiro, o secretário de Comércio Exterior, Welber Barral, pediu melhoras no acesso da carne de porco e do café brasileiros no mercado japonês. Segundo ele, esses produtos enfrentam barreiras sanitárias. O secretário executivo do MDIC, Ivan Ramalho, disse que o Brasil espera que o comércio com o Japão volte a crescer após a queda registrada no ano passado por causa da crise financeira internacional.

O comércio bilateral recuou 25% em 2009, mas registrou crescimento de 14% no primeiro trimestre. Em 2008, alcançou US$ 13 bilhões.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;