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Empresas já se preparam para o Natal
Vinicius Gorczeski
Especial para o Diário
16/05/2011 | 07:12
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Marina Brandão/DGABC


Nem bem passou o Dia das Mães e a indústria natalina se movimenta para atender aos pedidos dos varejistas para o fim do ano. Empresas do Grande ABC que produzem itens de decoração como a mauaense Cromus e a andreense Buquê alertam que os produtos vão estar até 20% mais caros neste ano devido à matéria-prima e mão de obra mais caras.

O diretor comercial da Cromus, Fernando Hachul, justifica que os fornecedores chineses são os pivôs dos reajustes. "A escassez de trabalhadores eleva os custos da produção. A negociação com as empresas está difícil. Nos preocupamos, inclusive, com o prazo de entrega, pois muitos fabricantes atrasaram os pedidos em 2010."

A alta média de 20% no preço do plástico, componente importante desses produtos, também pressiona os valores dos itens de decoração natalina, tanto que os artigos da Cromus ficarão 10% mais caros para este Natal. Para faturar mais a mauaense incrementou a linha de produtos, apresentada no fim de abril aos lojistas.

Na Buquê, a previsão da diretora Tereza Dib é de que os itens fabricados pela empresa estarão 20% mais caros. O reajuste é atribuído ao aumento no quadro de funcionários terceirizados no segundo semestre. O quadro atual de 11 vendedores será ampliado em 90% para alavancar as vendas da companhia andreense.

PAULISTANAS - A fabricante de árvores de Natal Festoarte, de São Paulo, também atribui ao plástico e aos funcionários o aumento de 15% nos preços dos seus produtos. "A alta carga tributária e os encargos trabalhistas são os desafios de produzir no Brasil e tentar manter a competitividade frente aos chineses", diz o assistente administrativo Marlon Cardoso.

Focada na produção de velas decorativas, a Dettaglio Originale reajustará os preços em 12%. O sócio Helder Moraes aponta que a elevação do valor da parafina nacional pressiona sua margem de lucro. Ele planeja vendas 40% maiores.

Todas as novidades do setor serão apresentadas em eventos temáticos como a Natal Show, que acontecerá entre 18 e 21 de junho, e a Christmas Fair, que termina hoje. As feiras respondem pela fatia de 30% na receita anual dessas empresas. Em 2010, a Natal Show recebeu 14,5 mil visitantes no Expo Center Norte.

CONTRAMÃO - Enquanto as fabricantes falam em aumento, o discurso dos importadores é diferente. O sócio da Atlântico Importação e Exportação, Alexandre Serebrenik, afirma que os preços serão mantidos. "Mesmo com os custos de produção maiores no Exterior, a desvalorização do dólar colabora para manter valores competitivos." O mesmo argumento é usado pelo diretor da Styroform, Edson Atui: "apenas em 2012 os preços serão reajustados, devido à alta do petróleo".

EVENTO - Pode parecer cedo para pensar em Natal, mas evento da Cromus para fornecedores realizado há duas semanas estava concorrido. O clima era de pressa entre os compradores, pois o estoque diminuía a cada minuto. Proprietária de uma loja de chocolates, Peca Toenjes gastou R$ 100 mil em enfeites para decorar seu estabelecimento no Rio de Janeiro.




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