Política Titulo Donisete sobre Márcio Chaves
Só ver o desfecho de quem saiu do PT, diz Donisete sobre Márcio Chaves
Por Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
20/09/2015 | 07:00
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Vai, mas volta. É assim que o chefe do Executivo de Mauá, Donisete Braga (PT), analisa a possível saída de Márcio Chaves, ex-vice-prefeito, do PT. O petista ainda faz uma projeção: cita o caso do vereador Wagner Rubnelli (PT), que deixou a legenda em 2005, quando estourou o Mensalão, e amargou sucessivas derrotas nas urnas pelo PPS até voltar para o partido, em 2010.

Donisete ainda fala no nome das ex-prefeitas da Capital Marta Suplicy (PMDB) e Luiza Erundina (PSB), que abandonaram o petismo em épocas diferentes e hoje, segundo o prefeito, não figuram o protagonismo na política. “O retrato da história de todas as lideranças que saem do PT é esse”, sintetizou Donisete, ao ser questionado sobre possível ida de Márcio Chaves ao PSD.

Atualmente Rubinelli é vereador em Mauá pelo PT, mas já tinha sido parlamentar na cidade antes. Em 2003, assumiu cadeira como deputado federal com a ascensão de dois petistas como ministros. No auge do Mensalão foi para o PPS. Depois disso, tentou renovar o mandato em Brasília em 2006, perdeu. Em 2008, quis voltar à Câmara mauaense, mas sequer ficou como suplente. Voltou ao PT em 2010 e só no pleito municipal de 2012, com a vitória de Donisete, conseguiu retornar à vereança.

Marta deixou o PT recentemente criticando ferrenhamente o partido, mas já colecionava revezes e desentendimentos dentro da legenda. Em 2004, quando prefeita de São Paulo, perdeu a reeleição para José Serra (PSDB). Quatro anos depois voltou a disputar a Prefeitura paulistana, ainda no PT, e foi novamente derrotada. De lá para cá foi alocada como ministra do Turismo e da Cultura nos governos de Lula e Dilma, até se desfiliar.

Já Erundina saiu do partido no final dos anos de 1990. Uma das fundadoras do PT e primeira petista a comandar a prefeitura de São Paulo (1989-1992), deixou a sigla após vários desentendimentos. Brigada com os correligionários, voltou a disputar, sem sucesso, o Paço paulistano em 1996, mas só conseguiu cargos no Legislativo. Hoje está no seu quinto mandato como deputada federal pelo PSB.

Não se sabe oficialmente os motivos da possível saída de Márcio Chaves, mas uma das justificativas aventadas é o desgaste pelo qual o PT vem passando desde o segundo mandato de Lula. Crise essa agravada recentemente com os desdobramentos da Operação Lava Jato, que investiga irregularidades na Petrobras e que resultou na prisão de figuras importantes da legenda. 




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