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Conselho tenta embargar obra do Estádio do Inamar

Comdema pede ao MP que ampliação seja paralisada por falta de estudo de impacto em Diadema

Por Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
13/09/2015 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


O Ministério Público apura o pedido de embargo nas obras para ampliação das arquibancadas do Estádio do Inamar, em Diadema, que sedia partidas do Água Santa – clube que jogará a Série A-1 do Campeonato Paulista em 2016.

A solicitação foi encaminhada pelo Comdema (Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente), que ingressou com representação, alegando falta de discussão sobre impacto ambiental no terreno situado em área de manancial.

O órgão culpa diretamente o governo do prefeito Lauro Michels (PV), alegando omissão no andamento do projeto, que prevê aumento na capacidade de público de 6.000 para 12 mil pessoas, com vistas à disputa da elite do Campeonato estadual do ano que vem. A Federação Paulista de Futebol exige capacidade mínima de 15 mil pessoas a quem frenquenta a Série A-1.

Os custos dos serviços são de responsabilidade do Água Santa, que ganhou concessão da praça esportiva em 2013.

Integrante da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) no Comdema, Virgílio Alcides de Farias afirmou que o ingresso na Justiça ocorreu após o governo Lauro não apresentar o projeto. “O princípio básico do meio ambiente pede que não incentive áreas de manancial, mas novamente o prefeito, que é do PV, cuja premissa está ligada a questões ambientais, desrespeitou o Comdema.”

Na semana passada, a entidade e o chefe do Executivo entraram em embate após o Comdema acionar a Justiça para anular possível aprovação das mudanças do Plano Diretor, proposto por Lauro. Também reclamando de desrespeito a discussões sobre impacto ambiental, a entidade conseguiu que a matéria fosse adiada por mais duas semanas antes de ser colocada novamente em votação na Câmara.

Para Virgílio, a avaliação do Comdema na ampliação da estrutura do estádio é fundamental, ressaltando que, além da questão ambiental, existe necessidade de estudo de impacto de vizinhança. “A arena vai receber partidas com equipes grandes, tradicionais. Será que não há preocupação de ninguém em lotar o espaço sem saber se existe capacidade de absorção? Nosso trabalho é justamente apontar medidas que possam evitar problemas nesse sentido.”

Procurada pelo Diário, a Prefeitura não se manifestou sobre o assunto.




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