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Asilo 'classe A' de Sto.André é gratuito
Danilo Angrimani
Do Diário do Grande ABC
15/06/2002 | 16:37
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Os três melhores asilos de Santo André são filantrópicos e atendem cerca de 200 idosos gratuitamente. A constatação foi feita pela Vigilância Sanitária, da Secretaria Municipal de Saúde, que elaborou um ranking das melhores e piores casas de repouso do município. Os três melhores asilos de Santo André são a Instituição Assistencial Nosso Lar, Tio Oscar (Grupo Fraternal Eurípedes Barsanulfo) e Instituição Assistencial Casa do Caminho de Ananias.

Os três piores – Casagrande, Vitória de Vida e Vida Nova – encerraram as atividades. O asilo Casagrande foi fechado por iniciativa da proprietária; e os outros dois, interditados pela Vigilância Sanitária. Outros asilos não foram interditados, mas tiveram avaliação insuficiente. É o caso do Raio de Luz, que enfrentou problemas administrativos e está em processo de readaptação para obedecer às determinações da Vigilância. Outra casa com problemas, a Hospedagem Utinga, mudou-se para local ignorado.

A Casa de Repouso Jardim, também com baixa avaliação, contratou equipe própria de médico, enfermeira e nutricionista e vem realizando reformas no prédio para se adequar ao que foi solicitado.

Apenas 18 asilos estão licenciados em Santo André, e recebem visitas dos fiscais da Vigilância Sanitária. “Qualquer denúncia sobre atividade ilegal pode ser feita pelo telefone – 0800-191944”, alerta a diretora do Departamento de Vigilância à Saúde, Rosa Maria Aguiar.

Foram várias as irregularidades constatadas pela fiscalização: alimento mofado ou com validade vencida, latas de alimentos estufadas, comida armazenada inadequadamente (no banheiro, por exemplo), dietas impróprias (alimentos maciços ou crocantes para quem não tem dentes), falta de higiene, pessoas leigas exercendo trabalhos de enfermagem.

“Há asilos que são depósitos de velhos”, diz a gerente de Vigilância Epidemiológica e Sanitária, Sônia Oliveira Barbosa. O asilo ideal leva o idoso para atividades externas, em passeios, danças, visitas. Está aberto para visita a qualquer hora e a qualquer dia. Dá autonomia para o idoso e preserva a privacidade do paciente. “O asilo ideal é uma casa aberta. Não pode ser uma prisão”, avisa a assessora da Terceira Idade da Secretaria de Participação e Cidadania, Arlete Goes Bento.

A assessora ensina a desconfiar de casas onde as atendentes realizam uma espécie de teatro. “Elas se aproximam dos idosos, beijam, abraçam, ficam falando ‘ai que lindinha, a vovozinha’. Isso não é o tratamento adequado. O idoso tem nome e deve ser chamado por ele.”




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