Política Titulo GOVERNISTA
Pressionado pelo governo, Tavares recua e afirma que manterá aval à CPI

Vereador havia se comprometido com gestão retirar sua assinatura em investigação do Imasf

Por Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
18/08/2015 | 07:00
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Depois de se comprometer com o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), para retirar seu nome do pedido de abertura de CPI do Imasf (Instituto Municipal de Assistência à Saúde do Funcionalismo), o governista José Walter Tavares (PCdoB) recuou e afirmou que irá manter sua assinatura no documento protocolado pelo oposicionista Pery Cartola (SD).

A mudança de postura de Tavares ocorreu após repercussão negativa com seu eleitorado, depois de reportagem do Diário, publicada no sábado, revelando a pressão de Marinho para retirada da rubrica. A CPI, a primeira do governo petista, quer investigar a direção da autarquia que gerencia assistência médica dos 20 mil servidores públicos.

“Assinei o pedido porque entendo que é necessário se fazer algo com o Imasf, que tem deixado a desejar. Antes, era referência nos cuidados com os servidores e hoje não vem conseguindo mais”, considerou Tavares.

Na quarta-feira, em sessão marcada por protestos de servidores, Pery reuniu dez assinaturas – um terço total dos parlamentares –, conforme prevê Constituição, e protocolou pedido de instalação de CPI. Além da adesão dos oito parlamentares da oposição, os governistas Tavares e Antônio Cabrera (PSB) endossaram a solicitação do oposicionista.

O fato transtornou Marinho, que cobrou duramente articulação interna dos governistas, que são compostos por 20 dos 28 vereadores.

A aprovação de investigação expôs momento de fragilidade do governo petista, que nos últimos meses vem amargando derrotas para oposição. Antes, os oposicionistas fracassaram seguidamente em pedidos de CPI para apuração de compras de uniformes e kits escolares, além de apuração para corte parcial no serviço de merenda na rede municipal.

Diante da derrota, Marinho iniciou articulação para enquadrar o pedido de Pery como requerimento comum, necessitando de 15 assinaturas para ser adicionado em matéria de urgência na Casa. Número é considerado inviável entre os oposicionistas.

A principal justificativa colocada na CPI é investigar a conduta do corpo diretivo, que está sob responsabilidade de Valdir Miraglia, e que vem recebendo fortes reclamações após descredenciamentos de hospitais por falta de pagamento às unidades e deficit financeiro na autarquia. 




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