Política Titulo Avaliação
Prefeitos atrelam baixos índices à crise no País

Apesar do cenário ruim, maioria dos gestores da região considera que há espaço para melhoria

Por Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
05/08/2015 | 07:10
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Nario Barbosa/DGABC


A maioria dos prefeitos da região considera que a nota obtida na avaliação dos governos municipais pelo DGABC Pesquisas, a pedido do Diário, é reflexo do momento de crises política e econômica no País, influenciando os conceitos do eleitorado. A sexta rodada da sondagem das administrações mostra que nenhum dos sete chefes de Executivo recebeu conceito superior a 5 (num universo de zero a dez) da população. Apesar do cenário hoje desfavorável, os gestores falam em perspectiva de mudança positiva no panorama até o fim deste ano.

Com nota 4,1 dos munícipes, o prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), afirmou que o eleitorado ampliou patamar de exigência sobre o poder público, o que, segundo ele, “é importante” no sentido de a cobrança auxiliar no empenho do governo. “As críticas estão em grau superior. Isso é fato. A pesquisa identificou que, independentemente de partido, quem está à frente das gestões apresenta desgaste e baixa nos números de aprovação”, avaliou, ao acrescentar que “é possível” elevar os percentuais. “Tenho confiança que os índices vão melhorar. A população ainda não tem conhecimento do resultado daquilo que nos comprometemos a fazer.”

Devido ao período de férias do prefeito de Mauá, Donisete Braga (PT), que obteve nota 4,3, o secretário de Governo, Edílson de Paula (PT), foi o porta-voz da gestão e alegou que as situações econômica e política atual dificulta o quadro e reflete diretamente na atuação dos gestores. “A população está contaminada e em qualquer questionamento a atribuição do prefeito tende a cair, mas acreditamos em melhoria dos índices até o fim deste ano”, disse, citando avanço em alguns setores.

Para Lauro Michels (PV), de Diadema, há necessidade em focar no trabalho da gestão. Ele mirou ataques ao partido rival na cidade ao classificar que “toda a classe política está desgastada pelas mazelas da corrupção do PT” – o verde recebeu conceito 3,8, ficando na penúltima posição no ranking regional. “O descontrole da economia deixou as pessoas ainda mais arredias com qualquer político”, concluiu.

Chefe do Executivo de São Caetano, Paulo Pinheiro (PMDB) evitou terceirizar a responsabilidade, sustentou que tem atuado forte para dar salto no índice dos próximos meses e falou que se venceu “desafios com equilíbrio entre receita e despesa” – o peemedebista teve nota 4,1. “Modernizamos a oferta de serviços públicos. Muitas ações serão perceptíveis à população daqui em diante. Inclusive obras, como a nova escola da Avenida Presidente Kennedy e a base 24 horas da GCM em frente à Almirante Delamare, entre outras.”

Saulo Benevides (PMDB), de Ribeirão Pires, foi o prefeito que teve a pior avaliação do rol, com nota 2,4. O peemedebista enfrentou, recentemente, casos de ameaça de corte de energia em prédios públicos e apresentação de plano de Educação esdrúxulo. “Esperava subir, já que iniciamos obras importantes. Tenho trabalhado muito, acho que falta investir em publicidade”. O chefe do Paço de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão (PSDB), recebeu nota 4,9 e aumentou – o único da lista – em relação ao levantamento de janeiro. “As obras de mobilidade estão sendo feitas e devem ser entregues nos próximos meses. Têm sido importantes e colaboram para essa avaliação positiva.”

Depois de queda de 0,8 ponto e ficar com 4,8 de nota, Luiz Marinho (PT), de São Bernardo, não comentou a pesquisa.




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