Ex-prefeito de Diadema por três mandatos e atual secretário da Saúde da Capital, José de Filippi Júnior (PT) foi confirmado ontem como o representante da legenda na eleição de 2016, quando o partido tentará retomar o comando da cidade onde a sigla obteve a primeira vitória de expressão, há 33 anos.

A definição ocorreu à noite, em reunião realizada por Filippi, com o presidente do diretório local, o também ex-prefeito Mário Reali, e a bancada de seis vereadores.

O processo agora será levar discussão para a executiva do partido e à cúpula municipal a fim de garantir convergência total no petismo local.

Depois de sinalizar que não pretendia mais concorrer ao Executivo de Diadema no qual comandou por três vezes (1993 a 1996, 2001 a 2004, e 2005 a 2008), o ex-prefeito teve o nome destacado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no rol de prioridades do PT para a sucessão municipal do ano que vem. Além disso, o PT diademense não conseguiu revelar nome na cidade em condições para o embate contra o atual prefeito, Lauro Michels (PV). Nenhum dos seis vereadores despontou para o processo e Reali segue com imagem desgastada. Outra possibilidade discutida foi alçar a secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki. Porém, sua saída da cidade rumo a Brasília no fim da gestão de Filippi, em 2008, a distanciou do eleitorado local.

No início do mês, estudo do DGABC Pesquisas, encomendado pelo Diário, registrou vantagem do ex-prefeito petista contra Lauro. O petista foi citado por 25% dos entrevistados contra 19,5% do verde. A sondagem mensurou também o embate entre Lauro e Reali e mostrou vitória para o atual prefeito por 19,3% a 18,8%.

Líder da bancada do PT na Câmara, Lílian Cabrera revelou que o tom da reunião de ontem foi de construção de conjuntura partidária e argumentou que a participação de Filippi no encontro foi por conta de sua identificação com a cidade. “O ex-prefeito é referência em Diadema e ele nunca abandonou sua ligação conosco. Nosso objetivo hoje (ontem) foi alcançado, tratando por realizar processo de construção de política”, disse ela, despistando em seguida. “Vamos elaborar calendário de reuniões e levar todas as nossas discussões à executiva e ao diretório, que juntos definirão o nome que representará o PT em 2016.”