O primeiro passo foi definir esboço do time titular. Agora Ricardo Gomes se prepara para eventuais problemas que suas decisões possam acarretar no elenco. O treinador do São Paulo não quer ver ninguém de cara feia por ficar no banco de reservas. "Não tem de fazer esse tipo de pacto", disse o técnico, ao ser questionado se o ideal era manter revezamento para evitar possíveis insatisfações e ter todos os jogadores motivados.

"Antes tínhamos o rodízio, agora é diferente. Só vou mudar se alguém sinalizar cansaço porque depois pode vir lesão. Alguns bons jogadores não vão ter tempo suficiente em campo. Eles sabem disso."

Até agora, segundo ele, nada de diferente foi notado. Ricardo Gomes manterá a convicção de mudar apenas por necessidade. Ele não colocará um ou outro apenas para agradar. "É uma situação que está sendo bem administrada."

De acordo com o treinador, o resultado é visto em campo, no desempenho em treinos e jogos. Ele usou como exemplo Marcelinho Paraíba. Contratado para resolver o problema de armação, o jogador de 34 anos fez um ótimo Brasileiro pelo Coritiba, mas não rendeu o esperado e perdeu espaço.

Depois de sequer ser relacionado para o jogo contra o Nacional, pela Libertadores, Paraíba se dedicou mais nos treinos e aos poucos está voltando. "O Marcelinho entrou com disposição nos poucos minutos que jogou contra o Mogi Mirim. É isso o que quero, cada um mostrando que quer o seu espaço. É uma luta para estar no time, precisa demonstrar vontade, mesmo que seja em 15, 20 minutos..."