Economia Titulo Telecomunicações
Reunião da Anatel pode ser pública
23/03/2010 | 07:00
Compartilhar notícia


A conselheira Emília Ribeiro, da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), apresentou proposta para tornar públicas as reuniões do conselho diretor da agência. A sugestão de mudança no regimento da Anatel foi colocada ontem em consulta interna para ouvir os funcionários do órgão regulador sobre o assunto.

"As reuniões abertas trazem publicidade, credibilidade e estabilidade para as decisões da Anatel", disse Emília. Em sua exposição, a conselheira afirma que a abertura das reuniões é uma prática contemporânea e está em harmonia com o princípio constitucional, que "não mais comporta o sigilo como regra, senão como medida excepcional".

A conselheira contesta a tese, já defendida por atuais e ex-conselheiros da Anatel, de que as reuniões não podem ser públicas porque as decisões da agência têm forte impacto no mercado financeiro. Ela cita o exemplo da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), que realizam sessões de julgamentos abertas ao público e que também tratam de temas de interesse econômico.

No caso da Aneel, as reuniões podem ser acompanhadas inclusive pelo site da agência na internet. "Se tem previsibilidade, não mexe no mercado", avalia Emília.

Essas alterações são importantes, na opinião da conselheira, porque a agência precisa se reciclar, já que a prestação dos serviços também mudou nos últimos anos com a evolução tecnológica e a expansão do mercado brasileiro. Depois de receber as sugestões dos funcionários, a conselheira encaminhará a proposta à procuradoria da Anatel e ao conselho diretor da agência, o que deverá ocorrer ainda neste semestre. "A atualização do regimento é um primeiro passo para a reestruturação e modernização da agência", afirmou.

Além da divulgação das decisões, Emília propõe que sejam tornados públicos documentos que fundamentam as deliberações da Anatel, como estudos, relatórios, pareceres, análises e votos. Ela quer garantir ainda o livre acesso das partes interessadas aos processos.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;