Economia Titulo Habitação
Caixa investe 108,7 mi em habitação no trimestre
Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
01/05/2009 | 07:04
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Em meio à crise financeira internacional, a Caixa Econômica Federal financiou no Grande ABC, somente no 1º trimestre, R$ 108,7 milhões. O montante é 46% superior do que o registrado nos três primeiros meses do ano passado, quando a economia brasileira encontrava-se à pleno vapor.

A Caixa justifica o desempenho por conta de não ter restringido o crédito durante o período, quando diversas instituições bancárias tornaram-se mais cautelosas em relação aos empréstimos, por receio de levar calote. "Não tivemos alterações de parâmetros para a concessão de financiamento. Além disso, a taxa de juros foi reduzida por cinco vezes desde o início do ano", afirmou Edvaldo Contin, superintendente regional em exercício.

Outro fator citado pelo executivo foi a ampliação do prazo de contratação de crédito para a compra de materiais de construção, de 48 para 60 meses. O tíquete médio para empréstimos com fins habitacionais é de R$ 80 mil e para itens da construção civil é entre R$ 10 e R$ 15 mil.

Questionado sobre o antagonismo entre a onda de desemprego gerada pela turbulência e o crescimento dos financiamentos na região. Contin não estabelece relação entre os fatos. "Embora tenha sofrido com a crise, o mercado no Grande ABC é forte, e seus moradores têm poder aquisitivo alto". Ele citou também o fato de a região ter uma forte demanda no setor habitacional.

A maior parte dos recursos veio do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo). Os investimentos no trimestre atingiram R$ 58 milhões. incremento de

153% se comparado ao mesmo período em 2008. O restante, R$ 50,7 milhões, foram utilizados do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).

A expectativa para este ano é que sejam viabilizadas cinco mil moradias. "Até dezembro, a Caixa deve superar R$ 500 milhões de investimento somente no setor da construção civil".

Outros - Nos primeiros três meses do ano, em suas 33 agências da região, foram concedidos R$ 222,4 milhões, volume 51% superior ao ano passado.

Em benefícios sociais, o banco concedeu um total de R$ 861,5 milhões por meio do Bolsa Família, FGTS, PIS (Programa de Integração Social), INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e Seguro-Desemprego. Em relação aos três primeiros meses de 2008, o montante é 7% maior.

Segundo Contin, está em fase de contratação na região um investimento na casa dos milhões para o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) Habitação, Saneamento e Infraestrutura, que beneficiará dois milhões de habitantes em seis municípios do Grande ABC - exceto Ribeirão Pires, por conta das áreas de manancial -, possibilitado da geração de 60.500 empregos diretos.




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