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Sto.André tem abastecimento comprometido

Semasa acusa Sabesp de fornecer volume de água menor que o necessário para a cidade; estatal nega

Cadu Proieti
Do Diário do Grande ABC
11/12/2013 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


Santo André encontra-se com o sistema de abastecimento de água comprometido. O Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), responsável pelo fornecimento, informou que o volume de água enviado pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) ao município está abaixo da necessidade de consumo. Por conta disso, alguns reservatórios andreenses ficam deficientes, sem funcionar em plena capacidade. Os equipamentos de armazenagem que estão em situação mais críticas são os das vilas Suíça, Curuçá e do bairro Paraíso.

No disque informação do Semasa (115) há mensagem de voz que avisa a população sobre os problemas na distribuição e faz alerta a respeito da necessidade de ações para evitar a falta d’água. “Pedimos economia de água, evitando lavar calçadas, quintais e carros, contribuindo com uso de maneira racional, como fechar a torneira ao lavar a louça e escovar os dentes. Tome banhos curtos e verifique torneiras pingando ou possíveis vazamentos”, diz o recado eletrônico.

Apesar de assumir que o sistema está comprometido, a autarquia negou que a cidade esteja passando por período de racionamento de água.

Conforme o Semasa, no sábado, a partir das 13h, as zonas alta e baixa do reservatório Paraíso, por exemplo, apresentaram deficiência porque a quantidade de água enviada pela estatal foi abaixo da média – volume de 37 mil metros cúbicos recebido, sendo que o normal, segundo a autarquia, é de 42 a 45 mil metros cúbicos.

A Sabesp informou que tem enviado para o município de Santo André o volume de água pactuado com o Semasa. No entanto, a companhia não informou qual é a quantidade acordada entre as partes. Hoje, Santo André compra da Sabesp 94% da água fornecida no município, por meio dos sistemas Rio Grande e Rio Claro. O último, que atende a 70% da cidade, é justamente o que vem enviando menos água, segundo a autarquia municipal.

O Semasa garantiu recursos de R$ 89 milhões provenientes do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para construir uma estação de tratamento de água no Parque do Pedroso, que aumentará a produção própria de Santo André de 6% para 25%. A previsão é que o equipamento, que ainda não teve obras iniciadas, irá amenizar a dependência que o município possui junto à companhia estatal no sistema de abastecimento de água.

Também para evitar falta do líquido na cidade, o Semasa lançou na semana passada campanha de comunicação com foco no uso racional. As ações se concentraram principalmente no período de verão, quando o uso é mais intenso.

TORNEIRA SECA

Com o sistema de abastecimento comprometido em Santo André, o Diário tem recebido constantes reclamações de leitores sobre as torneiras secas. A dona de casa Delly Necenero do Prado, 68 anos, que mora no Parque Novo Oratório, é um deles. “A água chega às 6h, quando são 9h não tem mais. Tenho duas caixas, mas minha cozinha e lavanderia recebem o líquido direto da rua e sofro por causa disso. Colocamos uma caixa extra justamente para não faltar água para o banho. A louça do almoço tenho de lavar no dia seguinte, quando o abastecimento volta ao normal. É sempre assim.” 




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