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Brasil vai investir R$ 109 mi para reduzir a camada de ozônio
Do Diário do Grande ABC
26/07/1999 | 19:30
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Para retirar do mercado 6,5 mil toneladas de gás e substâncias que destroem a camada de ozônio, as chamadas SDO, o País necessitará investir US$ 109 milhoes até 2005. Essa previsao, feita por consultores contratados pelo Ministério do Meio Ambiente, será apresentada quarta-feira à comissao interministerial que estuda a reduçao das SDO. Os consultores fizeram uma avaliaçao sobre o uso dessas substâncias por pequenas e médias empresas.

A diretora do Programa de Melhoria da Qualidade Ambiental do ministério, Isabela Teixeira, disse nesta segunda-feira que o investimento de US$ 109 milhoes será destinado a médias e pequenas empresas, incluindo os prestadores de serviços. Os recursos sao para converter a tecnologia empregada e substituir as SDO responsáveis pela rarefaçao da camada de ozônio. O governo tentará captar esse dinheiro sem custos no Fundo do Protocolo de Montreal, que dispoe de recursos para o cumprimento da meta de resolver o problema do ozônio até 2010. O Brasil concorre com todos os demais países pela aprovaçao de seus projetos.

Na última reuniao do Protocolo de Montreal (protocolo de intençoes para reduçao das SDO), em junho, o Brasil teve chancelados projetos que somam US$ 16,8 milhoes e atenderao a 144 mil agricultores que empregam o brometo de metila nas culturas de tabaco. Também serao beneficiadas outras 53 indústrias que usam CFC 11, CFC 12 e CFC13 (cloro-flúor-carbono). Os novos projetos concentram benefícios apra as regioes Sudeste e Sul, onde há maior produçao e consumo.

Buraco - Segundo a assessoria do Ministério do Meio Ambiente, o jornal da Organizaçao das Naçoes Unidas (ONU), de janeiro, publicou artigo informando que em setembro do ano passado, o buraco na camada de ozônio teria atingido o equivalente a 2,5 vezes o tamanho da Europa. Isabela Teixeira explica que as substâncias destruidoras do ozônio sao utilizadas basicamente nos setores de espuma (abrangendo o moveleiro), de refrigeraçao doméstica e industrial e de ar refrigerado. Ela avalia que a maioria das grandes empresas já nao utiliza substâncias prejudiciais à camada de ozônio. As pequenas e médias empresas sao as mais problemáticas.

"Para fabricaçao de uma cadeira de computador com assento e braços macios utiliza-se espuma", cita Isabela como exemplo do emprego generalizado de produtos que na sua fabricaçao levam SDO. "Queremos identificar quem distribui, quem comercializa e quem dá assistência", diz. Um dos projetos é treinar, entre outros, profissionais de serviço autorizado que fazem a manutençao de geladeiras. Pelo projeto, eles seriam preparados para reciclar o gás da geladeira que parasse de funcionar.




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