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Ainda sonolento, Corinthians pega a Matonense
Por Nelson Cilo
Especial para o Diário
13/04/2000 | 00:17
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O Corinthians ainda nao acordou para o jogo desta quinta, às 20h30, no Canindé, diante da Matonense. Os titulares, menos o goleiro Dida, que se reapresentou no Parque Sao Jorge, provavelmente dormiam um sono profundo à tarde no instante em que o técnico Oswaldo de Oliveira comandou o rápido treino dos reservas. Depois da vitória sobre a Liga Universitária (2 a 0), pela Copa Libertadores, a delegaçao voltou de Quito para desembarcar às 4h madrugada no Aeroporto Internacional de Guarulhos.

Mesmo assim, Oliveira e o preparador físico Antônio Mello compareceram ao clube, de cara sonolenta, para discutir as conveniências de se escalar ou nao o time principal ou o misto na rodada em que o Corinthians, já classificado, apenas cumpre tabela no Campeonato Paulista. Os dois nao chegaram a nenhuma conclusao e adiaram o debate.

Oliveira contou que conseguiu dormir só duas horas entre Guayaquil e Manaus. Nada mais. Em seguida, leu trechos do livro Ela é Carioca, de Ruy Castro, que retrata personagens do século passado no bairro de Ipanema-RJ. A leitura o ajudou a relaxar o espírito, claro, mas os olhos permaneceram abertos até que o aviao pousasse na pista. Coisas da pesada maratona.

Se Oliveira conseguiu cochilar em um dos trechos da viagem, Mello nem isso. O preparador físico disse que chegou às 6h da manha em casa. Por mais que esforçasse, nao pregou os olhos. As 12h, capengava. O sono havia passado dos limites. A mente nao se desligava. "Mas, como era preciso trabalhar, aqui estou para sugerir nao sei o quê ao nosso treinador. O ideal seria colocar a equipe completa. Manteríamos o embalo. Mas nao tenho certeza. Vamos ouvir os médicos para conhecer as condiçoes dos jogadores que atuaram lá no Equador. Depois, a gente vê o que é melhor", explicou.

Oliveira deixou escapar uma confidência: ele ouvia muitas perguntas, mas a cabeça nao respondia imediatamente. Sem dormir a noite inteira, nao poderia raciocinar direito. Portanto, nao teria como antecipar a escalaçao.

O zagueiro Joao Carlos e o meia Edu, porém, estao assegurados. O técnico também admite a presença do goleiro Dida, que correu demais nas laterais do gramado e participou de ensaios de chutes a gol. Nao parecia cansado. Aliás, o titular da Seleçao Brasileira nao pára nunca. Só se estiver contundido, o que raramente ocorre. Além de utilizar Joao Carlos e Edu - e talvez Dida - uma das possibilidades de Oliveira é a de mesclar o time.

Entre quem entrar em campo, Oliveira jura que nao pretende prejudicar a Ponte Preta - a equipe de Campinas briga pela vaga e tem interesse na derrota da Matonense. "Cuido apenas dos interesses do Corinthians", esclarece.




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