De acordo com o presidente do Parlamento, de maioria reformista, Mehdi Karubi, 109 deputados assinaram sua carta de renúncia até o momento. Karubi também pediu ao Guia Supremo da República Islâmica, o aiatolá Ali Khamenei, que intervenha novamente na crise, destacando que o país passa por uma "situação de bloqueio".
No início da sessão parlamentar, os deputados formaram uma fila diante de Mehdi Karubi para entregar a carta. Neste domingo, a República Islâmica inicia as comemorações de seu 25º aniversário e o retorno do aiatolá Khomeini depois de 15 anos de exílio.
As renúncias podem bloquear o debate parlamentar sobre temas importantes, como por exemplo o orçamento iraniano para o próximo ano. A Câmara precisa de um quórum mínimo de dois terços dos 290 deputados para realizar uma sessão.
Os problemas começaram no dia 11 de janeiro, quando os órgãos conservadores anunciaram o veto de 3.605 das 8.000 candidaturas apresentadas para as eleições legislativas. As principais vítimas da censura foram os reformistas: 83 deputados atuais, entre eles várias personalidades, não podem concorrer à reeleição por faltas contra o Islã e a Constituição.
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