Será realizada nesta segunda-feira, em Sao Paulo, a final do 4º Prêmio Weril para Solistas de Instrumentos de Sopro, promovido pela fábrica de instrumentos que nomeia o concurso. O evento, marcado para as 20h na Sala Sao Luiz, em Sao Paulo, tem entre os concorrentes o trombonista Marin Alves Meira, 19 anos, morador de Mauá. Para fechar a noite, haverá o show do trombonista Bocato, de Sao Bernardo.

Este ano, o concurso recebeu o maior número de inscriçoes desde sua criaçao: 150 ao todo, de músicos com até 25 anos de idade. Desse total, foram selecionados dez, que nesta segunda se apresentam diante do júri, presidido pelo maestro Júlio Medaglia. Cada um terá direito a cinco minutos de apresentaçao.

Meira, por exemplo, decidiu disputar o título com as peças Estudo em Lá Bemol Maior Para Trombone e Solo, de Gilberto Gagliardi, e Terceiro Movimento de Concerto Para Trombone e Orquestra, de Nino Rota. "Gagliardi foi um dos principais trombonistas do Brasil e Rota chegou a fazer trilha sonora para Fellini (o cineasta italiano)", diz Meira, justificando as escolhas.

O instrumentista, aliás, é um dos talentos que surgiu da Banda Lira de Mauá (que corre o risco de fechar por falta de patrocínio). Foi lá que ele começou, aos seis anos, tocando bombardino. Praticou o instrumento até os 11 anos e aos 12, já com o trombone, ingressou na Escola Municipal de Música de Sao Paulo. Aos 15, entrou para a Orquestra Experimental de Repertório e para a Sinfônica de Santo André. Há dois anos, integra a Orquestra Sinfônica Municipal, atividade que divide com a de trombonista da sinfônica andreense.

Sua paixao pela música começou ainda na infância, assistindo a seu pai, trompetista da Lira de Mauá. Agora, Meira tem um sonho: estudar na França. Talvez o Weril seja um passo, pois os prêmios sao de R$ 6 mil, R$ 4 mil e R$ 2 mil, para os três primeiros colocados, respectivamente.