Política Titulo Nova gestão
Com saída do Estado, David Uip assume FMABC

Secretário de Saúde de Alckmin deixa governo e fala em dedicar atuação na diretoria da instituição

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
17/04/2018 | 07:00
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Marina Brandão/Arquivo DGABC


O governo de São Paulo, comandado por Márcio França (PSB), referendou ontem a saída do então secretário de Saúde, David Uip (PSDB), do cargo. Com a exoneração, Uip, que é médico infectologista, admitiu que retomará carreira acadêmica como diretor-geral da FMABC (Faculdade de Medicina do ABC). No seu lugar entra Marco Antonio Zago, também médico e ex-reitor da USP (Universidade de São Paulo). Desde que assumiu o posto no Palácio dos Bandeirantes, França tem feito mudanças graduais no alto escalão que vai acompanhá-lo nos próximos oito meses de gestão.

Uip era homem de confiança do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), que renunciou ao cargo para entrar na disputa à Presidência. Ele ficou quase cinco anos à frente da Pasta. Vai substituir Adilson Casemiro Pires na chefia da FMABC. O ex-secretário se formou na segunda turma de Medicina da faculdade, em 1975, e, em 2001, se tornou professor titular. Deve conduzir processo de reformulação interna, uma vez que a entidade de Ensino Superior recebeu aval do MEC (Ministério da Educação) para transformar-se em centro universitário. A nova nomenclatura significa alteração estrutural, tendo em vista que agora o espaço passará a contar com reitor.

O então titular da Saúde foi escolhido pelo conselho de curadores da FMABC, recentemente, para gerir a instituição, com mandato de quatro anos de duração, tendo Fernando Fonseca como vice. Uip já adiantou que pretende expandir a atuação da faculdade para fora do Brasil. “A Faculdade de Medicina do ABC é uma das melhores do País, mas temos de pensar em internacionalizá-la. Temos de trabalhar para ultrapassar os limites do Grande ABC”, disse, na ocasião. Ele assume em momento em que os prefeitos e correligionários Paulo Serra, de Santo André, Orlando Morando, de São Bernardo, e José Auricchio Júnior, de São Caetano, comandam três das principais cidades do Estado.

Em sua fala de despedida, o ex-secretário elogiou, por nota, o SUS (Sistema Único de Saúde) ao frisar que “é sem dúvida um dos maiores projetos sociais já implantados em todo o mundo”. Ponderou, no entanto, que a instabilidade na economia do País prejudicou avanços de propostas pelo Estado. “Apesar dos inúmeros desafios que a Saúde ainda precisa superar, posso dizer que avançamos, a despeito de o Brasil ter vivido uma das mais graves crises financeiro-econômica da sua história. Durante o período, São Paulo deixou de arrecadar R$ 26 bilhões.”

Elencou também projetos encaminhados durante a sua gestão, como a entrega de 13 hospitais estaduais e nove AMEs (Ambulatórios Médicos de Especialidades), além de implementar a PPP (Parceria Público-Privada) da Saúde. 




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