Segundo Pinheiro, além dos já conquistados mercados do México e a Argentina, outro país está na mira da entidade. Está marcada para julho uma reuniao com a iniciativa privada sul-africana com objetivo de alavancar um novo acordo, com tarifas de importaçao e exportaçao favoráveis para os dois países. "O próprio governo federal já deu sinais de que está interessado em fazer um acordo bilateral maior, que atinja diversos setores. Nós, do setor automotivo, mais uma vez, estamos tentando nos antecipar a ele."

O executivo afirmou que a possibilidade desse acordo é bastante importante para o país e para a indústria que, cada vez mais, procura no mercado externo os números que nao consegue alcançar desde 1997 dentro do país. O mercado interno da Africa do Sul, segundo a entidade, é de 400 mil veículos por ano e o país, até o momento, nao possui produçao própria de veículos, apenas indústrias que importam os carros em CKD - desmontados - e concluem sua montagem dentro do país.

"O mais importante é que a Africa do Sul tem amplo crédito internacional e alto poder aquisitivo médio, o que facilitará as negociaçoes." Hoje o comércio entre os dois países é de US$ 400 milhoes por ano - US$ 270 milhoes de importaçoes e US$ 130 milhoes em importaçoes. No segmento automotivo, esse número nao ultrapassa os US$ 80 milhoes. "É difícil mensurar as perspectivas desse mercado antes de sabermos as condiçoes de um acordo mas, com certeza, o número ultrapassaria os US$ 150 milhoes", afirmou Pinheiro.

Além da Africa do Sul, a indústria automotiva já deu sinais de que pretende voltar a negociar com o Chile e conquistar mais um mercado consumidor dentro da América do Sul.