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Fotógrafo italiano seqüestrado no Afeganistão é libertado
Por Da AFP
03/11/2006 | 11:24
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O fotógrafo italiano Gabriele Torsello, seqüestrado no Afeganistão em 12 de outubro, foi libertado nesta sexta-feira. O anúncio da libertação do fotógrafo foi feito pela ONG Emergency, ativa no país.

Torsello foi libertado durante a manhã e recolhido por um funcionário da ONG na estrada para Kandahar. O fotógrafo independente de 36 anos foi, em seguida, entregue às autoridades italianas pela Emergency.

"Estou bem. Um abraço a todos. Nós nos veremos em Alessano (onde vive sua família); espero poder chegar rápido lá", declarou o jornalista num primeiro contato com membros de sua família.

O ministro das Relações Exteriores italiano, Massimo D'Alema, enviou imediatamente um mensagem particular de agradecimento aos serviços de inteligência militar italianos (Sismi) pelo papel que desempenharam no caso.

"Eles tiveram um papel extraordinário e decisivo", declarou, por sua parte, o embaixador italiano no Afeganistão, Ettore Sequi.

Para libertar o repórter, os seqüestradores exigiram primeiro a volta ao Afeganistão do afegão convertido ao cristianismo e refugiado no Itália Abdul Rahman, sobre quem pesa pena de morte por apostasia, segundo a lei islâmica, e depois pediram a retirada dos soldados italianos do Afeganistão.

Apesar do ultimato fixado para 22 de outubro, os raptores não cumpriram com suas ameaças, o que permitiu o prosseguimento das negociações.

Na quinta-feira, o fotógrafo, que se converteu ao Islã há vários anos, se comunicou, depois de vários dias de silêncio, com o hospital da Emergency para tranqüilizar seus familiares sobre suas condições.

Segundo fontes da imprensa italiana, Torsello foi levado para a sede da embaixada italiana em Cabul e depois viajará para a Itália.

O presidente italiano, Giorgio Napolitano, manifestou sua satisfação e alegria pela conclusão positiva do seqüestro. Da mesma forma, o chefe de Governo italiano Romano Prodi festejou a libertação do jornalista, que permaneceu 23 dias em cativeiro.

No momento não se sabe se as autoridades italianas pagaram alguma coisa pela libertação do fotógrafo ou se seus seqüestradores pertenciam a alguma organização política ou se tratava de delinqüência comum.

O fotógrafo italiano, que é autor de vários livros de fotos sobre as condições de vida no Afeganistão, se encontrava na província de Helmand, sul do Afeganistão, um das mais perigosas do país.




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