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Bar em Mauá é ponto da nostalgia
Evandro De Marco
Do Diário do Grande ABC
04/05/2009 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


Bem no centro de Mauá, um bar localizado na Avenida Capitão João funciona como uma máquina do tempo capaz de levar a uma viagem que termina no meio do século passado. Nas paredes, quadros dos atores norte-americanos John Wayne, John Travolta e James Dean. Capas e discos de bandas de rock dos anos de 1950 a 1980 estão por todo o lugar. O autêntico rock 'n' roll também está presente no som ambiente.

Muitos dos homens usam topetes e a mulheres roupas estilo anos 1950. "Comecei a colecionar um monte de coisas antigas, e vendo o filme American Graffiti (1973), que representa os anos 1950, me deparei com a nostalgia", explica o proprietário Alexsandro Marcolino, 35 anos, que deu o nome do filme ao bar.

O ritmo que mais contagia os clientes é o rockabilly. O gênero que surgiu nos Estados Unidos em 1954 com Bill Haley, depois Buddy Holly e se popularizou com Elvis Presley é a trilha sonora preferida.

O nome de Maurício Muni, 44, quase não é conhecido pelos amantes do gênero, mas quando se fala em Eric Von Zipper, o reconhecimento é imediato. "Assumi esse apelido por causa do vilão do filme Turma da Praia e acabou pegando", conta o produtor de eventos. Von Zipper que vem ao bar acompanhado da namorada Carla Soares Lemes, 32. Ela trabalha como DJ e assume o apelido de Jayne. "Para mim, é um estilo de vida. O rock 'n' roll dos anos 1950 nunca acabou", afirma Muni.

CARROS - O local também é ponto de encontro de amantes de carros antigos, que encostam os veículos em frente ao bar, criando uma exposição da história ao ar livre. Entre os automóveis Fuscas e Opalas, a réplica de uma Porche modelo Spider de 1955 e um Austin fabricado em 1947 quase todo original. "Eu troquei o motor. Paguei cerca de R$ 10 mil nele e gastei mais R$ 15 mil para reformar. Hoje, não vendo por dinheiro algum", afirma o advogado Fred de Oliveira, dono do veículo.

Outro aficcionado pelas máquinas do passado é Jean Morello Nunes, 34, dono de um Porsche. Ele diz que a paixão vem de longa data e foi tão forte que fez com que optasse por uma mudança profissional. "Tinha uma oficina de carros convencionais e larguei tudo só para fazer carros antigos. A gente pega os modelos e estiliza. Do papel, transformamos em um carro."




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